Por Rodrigo Ferrari
Diante da crise, do aumento do dólar e do euro e dos aumentos das viagens para o exterior, muitos estudantes se desanimaram para fazer a tão sonhada viagem de intercâmbio. E são nesses momentos que os jovens procuram outros métodos para economizar na hora de viajar e aliviar o bolso.
Andreia Lopes, supervisora da Experimento Intercâmbio, acredita que a alta do dólar não atrapalha nos planejamentos dos intercâmbios e também não faz com que a procuras diminuam, segundo ela, o problema está na estabilidade da moeda: “O problema não é a alta do dólar, o problema é ele não ficar estabilizado, eles tem medo disso, de fechar o intercâmbio com um valor, e amanhã esta outro valor, se o dólar ficar estabilizado, não tem problema se ele ficar alto ou baixo, o intercambista vai do mesmo jeito.”
Segundo Andreia, uma das mudanças, foi que agora ao invés do estudante fazer dois intercâmbios por ano, de um mês cada um, agora ele quer ir morar fora para um pais onde ele possa trabalhar e ficar por muito mais tempo, então o investimento acaba sendo um pouco maior, porém é compensado no futuro, independente do país em que estiver.
Lá fora, Andreia diz que muitas escolas estão com promoções e continuam dando descontos e isenções de matriculas, dependendo o número de semanas que os estudantes fecham na Experimento Intercâmbio ou em qualquer outra agência de intercambio.
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Quem vai, vai
Os destinos mais baratos em tempos de crise são Canadá, Nova Zelândia para trabalho, Malta que fica na Itália e a Irlanda, uma ótima opção onde muitos Brasileiros aproveitam para estudar e trabalhar. Como é o caso da Aline Dias, 19, estudante do curso de inglês na escola ISI, que chegou em Dublin, no dia 31 de março. A viagem estava agendada desde Dezembro de 2015, quando o Dólar estava chegou em R$ 4,02 e o Euro em R$ 4,38.
Mas a estudante não pensou em desistir ou adiar a viagem. Segundo a intercambista, o único problema foi na compra dólar para fazer o intercâmbio até a Irlanda. ”Com tudo isso que anda acontecendo, o Euro ficou com o preço muito alto, assim como o Dólar também’‘. Relata Aline.
Ela, mesmo já estando em países estrangeiros, conta o que está fazendo para diminuir os custos e ajudar no bolso. “Por exemplo, aqui agora as roupas de frio estão muito baratas, pois acabou o inverno, mas eu já trouxe tudo do Brasil, para não gastar dinheiro com isso aqui, pois como o euro está caro e eu ainda não achei trabalho, o dinheiro está contado de certa forma” finaliza.

Fazendo as malas
Antes da crise o destino mais procurado era os Estados Unidos. Hoje os EUA está em segundo plano e o destino mais procurado em tempos de crise acabou se tornando o Canadá. Local escolhido por Vinicius Miccoli, 18, estudante de publicidade e propaganda da PUC-Campinas, que vai viajar no próximo dia 22. Vinicius comprou o pacote da viagem em fevereiro deste ano, quando o Dólar estava em R$4,53; o Euro também em alta com R$ 4,53; e o Dólar canadense, que estava abaixo do Dólar, em R$ 2,79. Mas mesmo assim, o estudante não pensou em adiar ou desistir da viagem.
Sandra Costa, 32, estudante de publicidade e propaganda na Universidade Federal do Ceará e formada em administração, vai viajar em setembro. O edital foi fechado com Euro a R$3,95. Ele subiu quase R$1, mas ela não recebeu a diferença em reais. Não pensou em desistir e, por questões burocráticas, teve que adiar sua viagem para o segundo semestre. É a primeira vez que faz intercambio, e vai para estudo por 1 semestre no Porto, em Portugal.
Andreia Lopes, supervisora da Experimento Intercâmbio dá alguma dicas para quem economizar na hora da viagem: “Acho interessante ver a pessoa ver a melhor forma de pagamento, pra quem sabe congelar o câmbio, porque a gente não sabe como vai ficar, se vai aumentar ou diminuir o câmbio hoje, a forma de pagamento é um modo de se planejar e todo intercambio independente de um dólar mais alto” Segundo ela, é sempre bom se planejar: “Às vezes o pessoal fica pensando só em relação aos custos a acomodação, tem que ver também passagem aérea, seguro saúde, estadia no pais também e a alimentação” completa.
Editado por Gabriel Furlan
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