Homeopatia: conheça os prós e contras no tratamento

Por Raíssa Bazzo

Você conhece o método de tratamento homeopático? Sabia que ele pode auxiliar ou mesmo curar doenças crônicas e até incuráveis, do ponto de vista alopático? A homeopatia é um tratamento alternativo e complementar, que pode ser utilizado sozinho, baseado na premissa de que as substâncias que provocam doenças também podem, quando usadas em doses muito pequenas, tratar sintomas dessas mesmas doenças.

De acordo com uma série de estudos do Conselho Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da Austrália, a homeopatia não deve ser usada para tratar problemas de saúde crônicos ou graves. No documento consta a informação de que pessoas que escolhem a homeopatia podem colocar a saúde em risco se rejeitarem ou postergarem tratamentos para os quais há evidências de segurança e eficácia, como a alopatia, medicina tradicional. Para a médica homeopata, Dra. Sônia Britto, existe um pré conceito sem nenhum embasamento, em que as pessoas simplesmente são contras e falam mal sem conhecimento prévio.

Medicamento homeopático usado nos tratamentos. (Foto: Raíssa Bazzo)
Medicamento homeopático usado nos tratamentos. (Foto: Raíssa Bazzo)

A doutora explica que o tratamento possui base filosófica e experimental, sustentado na lei dos semelhantes, em que o paciente, refere uma série de sintomas e então, o médico encontra a substância que fará parte do medicamento adequado a ele e o mais semelhante possível. Sua produção consiste basicamente em sua diluição “o remédio parte da diluição ou trituração de uma substância que é colocada em 99 partes de água e álcool. Isso seria uma CH1, a primeira diluição. Depois você tira mais uma parte disso e dissolve em outras 99 partes de água e álcool, que seria a segunda diluição (CH2)”, afirma ela.

Os médicos costumam trabalhar com diluições acima de seis vezes e, ainda segundo Sônia, essa é a maior crítica que a homeopatia recebe que, por se tratar de um medicamento altamente diluído em água e álcool, não existe mais nenhuma substância presente. “Na verdade ali tem o que é essencial no remédio, a energia da diluição. Porque para o homeopata não interessa o efeito primário da droga, porque esses efeitos vão gerar os famosos efeitos colaterais. Então a questão da diluição é para tirar, justamente esses efeitos indesejáveis da substância”, diz.

A estudante de jornalismo, Agnes Shinozaki nunca utilizou nenhum outro método de tratamento, nem mesmo vacinas obrigatórias ela tomou e, mesmo assim acredita na homeopatia. “Eu acredito piamente na eficácia da homeopatia. A única coisa é que tem gente que não confia, porque basicamente é o seu próprio corpo que combate e se cura das doenças, os remédios ajudam ele a fazer isso, mas não como a alopatia, que o remédio vai diretamente ao problema, mas não vai à verdadeira raiz”, afirma ela.

Para ela, o único inconveniente da homeopatia é ter que sofrer e lidar com as dores e seus sintomas propriamente ditos, já que a homeopatia não os mascara, como os analgésicos fazem. “Você sofre a dor até o fim, mas isso também te torna muito mais forte e resistente, seu corpo aprende de uma forma diferente do corpo que toma alopatia”.

“Algumas doenças, por exemplo, a pneumonia, que é uma doença infecciosa que se você não erradicar a bactéria, ela mata o paciente em alguns dias, não tem que ficar decidindo, tem que tomar um antibiótico para aquela bactéria e pronto. Agora outras doenças, algumas outras coisas eu acho que dá pra pessoa tentar tratar só com a homeopatia”, afirma médico alopata, Dr. Benedito Caiel que, mesmo não receitando o método acredita que ele pode funcionar em alguns casos, porém, nem todos. “Acho que tem lugar pra homeopatia, tem lugar pra tudo, mas existem algumas coisas que não dá”, conclui ele.

Confira, também, a reportagem em áudio para outras informações exclusivas.

Editado por Marcel Kassab

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