Estagiários e recém-formados estão mais preparados para a entrevista de emprego

Por Laura Mestres

A cada ano, novos profissionais se formam e fazem crescer o número de candidatos à procura por empregos. Eles enfrentarão recrutadores, dinâmicas e entrevistas, e será necessário estar preparado para se destacar entre a  concorrência.

Por Laura Mestres
Formando em Biologia, Ricardo procura vaga efetiva (Foto: Laura Mestres)

Ricardo Machado é um exemplo dessa realidade. Aos 24 anos, está se formando em Biologia pela Unicamp e procurando seu primeiro emprego efetivo. Ele diz que se sente preparado. “Como estou participando de muitos processos seletivos, já estou acostumado e também procuro me informar”, conta. Sobre os concorrentes, o estudante afirma que há uma grande variedade no nível de preparo das pessoas. “Encontro algumas pessoas muito bem preparadas, mas também vejo muita gente bastante inexperiente,” diz.

A mesma visão é compartilhada por Thaís Moreira, coordenadora de Recursos Humanos da Unilever. Para ela, os candidatos estão mais preparados atualmente. Isso se dá principalmente em função dos meios de comunicação, os quais permitem que os candidatos se informem sobre como proceder na procura por emprego. No entanto, Thaís lembra que ter experiência em processos seletivos também faz muita diferença.

Currículo

O currículo é o instrumento que abrirá as portas para a entrevista, uma vez que vai mostrar a trajetória de vida do canditado. É através dele que os recrutadores analisam dados mensuráveis, como cursos, experiências, etc.

No caso de estagiários, os currículos geralmente trazem poucas informações, porém Thaís dá um alento. “Para estagiários, o nível de exigência é menor porque ele é um estudante, então não vamos conseguir analisar experiência profissional. A gente entende que ele está procurando o primeiro emprego,” explica.

Já para vagas efetivas, o nível de exigência é um pouco maior, porém o candidato que não tem experiência pode se destacar pelo comportamento. “Neste caso esperamos que a pessoa tenha feito algumas coisas que o diferenciem, como um intercâmbio, trabalho voluntário, estágios de férias, iniciação científica, monitoria, etc” , diz a recrutadora.

Dinâmica

Para o estudante Ricardo Machado, essa é a fase mais difícil do processo. “Uma das dificuldades da dinâmica é que às vezes um grupo reúne pessoas extremamente bem preparadas com outras muito mal preparadas e isso acaba gerando conflito.”

Ouça a dica de Thaís Moreira sobre o que fazer e o que não fazer para se sair bem nessa atividade.

Entrevista

Nesse momento, o recrutador irá avaliar se o perfil e o comportamento do candidato são compatíveis com a empresa e a vaga disponível. Por isso é importante falar bastante sobre você, de forma objetiva. Com respostas curtas, incompletas e sem contexto, não será possível avaliar o candidato, o que fará com que ele seja eliminado.

“Quanto mais você trouxer informações e exemplos com começo, meio e fim, mas eu vou conseguir enxergar quem é você” , explica Thaís. “Algumas vezes os estagiários ficam preocupados e nervosos e acabam esquecendo de dizer alguma coisa”, comenta.

Para o recrutador Tadeu Ferreira, se preparar pra entreivsta é essencial. Segundo ele, o candidato deve olhar o site da empresa, o LinkedIn das pessoas que trabalham ali, a carreira delas, o que a empresa faz, buscar notícias sobre aquele tipo de mercado e como ele está crescendo, para que  possa agregar valor na entrevista.

Tadeu afirma que o maior erro é querer mostrar o que você não é e não falar a verdade. Além disso, ele ressalta que é importante perguntar também, pois demonstra interesse. Por fim, o recrutador dá a dica: “Se prepare, estude e tenha o Inglês!”

Ouça abaixo como se destacar no processo seletivo, de acordo com Thaís Moreira.

Editado por: Thaís Jorge

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