Priscila Souza
Enquanto alguns desfrutam do feriado prolongado pelo período de quatro dias, outros trabalhadores comemoram o 1° de maio exercendo suas funções normalmente. O dia do trabalho não é uma data tão significativa para a maioria dos brasileiros. Shoppings, aeroportos, imprensa, entre tantos serviços não param e percebe-se que os trabalhadores que movimentam estes mercados também já se habituaram a trabalhar nesta data, como em outros feriados. É o caso Michael Lobo, funcionário público da Petrobrás há sete anos, que já se habituou ao regime de turnos. “Infelizmente alguém tem que trabalhar, o mundo nunca para, funciona 24 horas e as minhas folgas recompensam isso”, comenta Lobo.
Segundo dados do IBGE, a taxa de desemprego atingiu em 2008 o índice de 7,9%. Isso representa uma evolução significativa na taxa de desocupação entre as principais regiões metropolitanas do Brasil. A preferência de horários não tem sido uma escolha na hora de concorrer a algumas vagas que exigem horários inflexíveis, fazendo os trabalhadores se submeterem as escalas diferenciadas. É o que acredita a estudante de jornalismo Laísa Diório, que mesmo tendo que conciliar a escala de trabalho com os estudos, acredita que o fato de estar trabalhando mesmo não folgando nos feriados, é o mais importante para seu desenvolvimento no mercado de trabalho. “É complicado porque é sempre bom folgar nessas datas, mas faz parte, principalmente na nossa área, ainda acho que é melhor estar trabalhando do que procurando emprego”, afirmou.

Outro impacto que torna o trabalho mais exaustivo nesses dias, principalmente para quem trabalha com serviços voltados ao público é a demanda, sendo que nessas datas, aqueles que gozam de folgas prolongadas tem a disponibilidade de esticar os momentos de lazer, o que gera o aumento no consumo e consequentemente provoca mais demanda para quem trabalha. Caso do agente de aeroporto Edmilson de Souza, que semelhante a outros trabalhadores já esta acostumado com essa realidade. “Já se tornou comum trabalhar nesses dias, a demanda é maior, tem muito trabalho”, afirmou.
Editado por Artur Vergennes