EMDEC vai ampliar espaço de circulação de bicicletas em Campinas

Não é preciso ir muito longe para perceber que as ruas de Campinas há muito tempo se tornaram intransitáveis para motoristas e pedestres.  Como solução, ou pelo menos uma alternativa para desafogar o trânsito, as bicicletas surgiram como opção para quem quer uma forma de transporte ecologicamente correta e, em alguns casos, até mais rápida. Agora, os ciclistas de Campinas que representam um grupo ainda tímido, podem comemorar. Está em estudo um projeto que prevê a ampliação do espaço dedicado às “magrelas”.

A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC) quer colocar em prática um “Plano Cicloviário”, que pretende ampliar o espaço de circulação das bicicletas – ciclovias e ciclofaixas – para 139,7 km  em toda a cidade.  Esse número é quase 8 vezes maior do que os atuais 19,5km destinado aos ciclistas. Nas últimas semanas, técnicos e especialistas da empresa se reuniram com grupos de ciclistas para ouvir reivindicações e colher sugestões de trajetos, pontos de circulação e bicicletários (o único da cidade não durou um ano) a serem instalados.

Ao que parece, as bicicletas devem ganhar mais espaço nas pautas dos políticos de Campinas. Um projeto de lei que tramita na Câmara dos Vereadores pretende criar uma ciclovia interligando as duas maiores universidades da cidade – PUC-Campinas e Unicamp. A proposta deve ser votada nas próximas semanas.

Para os ciclistas fica a esperança de que essas todas essas novas medidas não fiquem apenas no papel. Alguns desses usuários do transporte alternativo ouvidos pelo Digitais revelaram que, atualmente, a maior dificuldade é delimitar o espaço dedicado às bicicletas. Pelo que eles contam, os motoristas ainda não entenderam que a bicicleta também é um meio de transporte e que, na maioria das vezes, tem de ouvir que “estão atrapalhando o trânsito”.  Com essas novas medidas, os ciclistas de Campinas esperam aumentar o número de adeptos do transporte e criar uma convivência harmoniosa entre todos: Carros, motos, ônibus, pedestres e bicicletas.

Editado por Artur Vergennes

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