‘Semana Inclusiva’ promovida pelo Sesc Campinas chega ao fim nesta sexta

Por Renan Fernandes

Entre os dias 2 e 9 de dezembro, o Sesc Campinas promove a Semana Inclusiva em parceria com o Sesc São Paulo e a Secretaria do Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O objetivo é integrar pessoas com e sem deficiência por meio das atividades de arte, esporte e educação.

A iniciativa é uma forma de incentivo a cidadania compartilhada, criando assim condições de inclusão e respeito pelas diferenças além de possibilitar que cada pessoa viva e enxergue o mundo através de suas experiências individuais, democratizaando a discussão e buscaando possibilidades concretas de inclusão. A Semana Inclusiva é em comemoração ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, comemorada anualmente no dia 3 de dezembro. A data em foi estabelecida pela Organização das Nações Unidades (ONU) como marco para discutir, ampliar e planejar um cotidiano com maior qualidade de vida e acesso aos direitos pelas pessoas com deficiência.

Como parte da programação, nessa quinta-feira (08) o público  prestigiou a peça teatral Feio. Construído a partir da percepção de pessoas surdas e também de pessoas com deficiência visual, a peça Feio apresenta uma releitura acessível para deficientes auditivos e visuais, o famoso conto infantil, O patinho feio. A história é um relato da vida de um pequeno pato que, por ser “feio”, é rejeitado por todos desde seu nascimento.

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Foto: Renan Fernandes

Cintia, atriz e responsável pela peça, conta que a ideia surgiu após diversas apresentações em locais públicos da cidade de São Paulo. Ela explica que o público bastante diversificado (estrangeiros, cegos, entre outros) na plateia gerou uma curiosidade sobre as diferentes percepções sensoriais de cada pessoa. Cintia destaca que nesse momento surgiu uma “necessidade de comunicar esse público diverso”. Segundo ela, o que contribui com o resultado da peça é a interação dos atores e atrizes da peça O feio, com cegos e surdos que fazem parte da produção do espetáculo. Foram 12 meses de imersão na ideia, com idas a escolas especificas para pessoas com deficiência auditiva ou visual, criação de oficinas de músicas para surdos, aulas de expressão corporal, entre outras atividades.

Cintia ainda destaca que “no mundo feito para quem ouve e enxerga, inverter a ordem [como ocorre na peça O feio] é no mínimo uma provocação tanto para quem possui deficiência quanto para quem não possui”.  Este detalhe conta para a interação da plateia ao final, quando acontece o bate papo entre os atores e o público. “É muito legal ver que no final as crianças surdas e mudas levantam a mão para perguntar, opinar, dar sugestões” pontua Cintia.

Para os organizadores da Semana Inclusiva o Sesc é um bom exemplo pois, “além de entender, acreditar na relevância social desta iniciativa como forma de fortalecer a discussão e buscar possibilidades concretas de inclusão, o Sesc realiza este tipo de ação”. Já para Cintia, é “um luxo” participar duma ação como esta”,  “me sinto honrada” finaliza.

Editado por Juliana Cavalcante

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