Por: Thiago Tedeschi
Sob uma forte chuva que cobria a “cidade cinza”, a banda britânica Black Sabbath, mostrou porque é considerada uma das maiores de todos os tempos. Liderada pelo frontman Ozzy Osbourne, o grupo levou mais de 60 mil pessoas ao delírio na noite de 04/12/2017, no estádio do Morumbi, em São Paulo. O show é considerado último em território nacional da história da banda, que segue agora para a Europa, onde toca na Alemanha em Janeiro.
Com problemas causados devido à má organização do evento, o show começou com 10 minutos de atraso e com fãs ainda do lado de fora. A apresentação contou com clássicos, como Iron Man e Paranoid. O frontman Ozzy Osbourne comandava o público enquanto realizava sua performance e levava os fãs à loucura. Mais contidos, Tony Iommi (guitarra) e Geezer Butler (contra-baixo) mostram a segurança e uma presença de palco como se tivessem tocando em casa durante às 2h seguidas de show. O primeiro foi ovacionado pelo público ao ser apresentado. Na bateria, Tommy Clufetos, que também é o baterista oficial de Ozzy, teve seu melhor momento em um solo que durou 10 minutos.

Outros ângulos
Vendo pelo lado saudosista, ter bandas que fazem sucesso desde os anos 70, consideradas clássicas, realizando grandes shows e conseguindo levar tanto pessoas mais velhas quanto as mais jovens aos shows é motivo de orgulho para os músicos e fãs.
O lado negativo, porém, é que deixa explícita a falta de renovação do estilo e o pouco espaço tanto para grupos internacionais que tem pouco tempo de estrada. A capital paulista recebeu três shows considerados de peso em um período de dois meses. Aerosmith e o Guns ‘n Roses tocaram no Allianz Parque em outubro e novembro, respectivamente. Várias camisas de diferentes bandas que a que tocava na noite eram vistas, porém nenhuma de algum conjunto novo.
Com as bandas mais antigas anunciando turnês de despedida, os grandes shows de bandas de Rock como os vistos em São Paulo podem estar chegando ao fim.
Homenagem
Após o termino da apresentação, em vários pontos do estádio podia se ouvir ”vamo vamo, Chapé”, em referência ao acidente aéreo com o delegação do time de futebol, Chapecoense, que vitimou 71 pessoas, incluindo jornalistas e comissão técnica.
Editado por Ana Paula Perez