Por Aline Domingos
Artes diferentes, objetivos iguais. Eles acordam junto com o comércio e só param quando a última loja se fecha. Com sonho de ser artista, Aécio de Almeida costa, 48, é artista de rua há mais de 20 anos. Todo pintado de prata, o personagem nasceu de sua própria criatividade. Considerado a estátua mais alegre do Brasil, Aécio já levou sorrisos em mais 100 cidades brasileiras.
“Eu escolhi esse trabalho porque ele traz mais alegria, mais vontade de sorrir, e fazer as pessoas pensarem o bem, e ás vezes eu posso até tirar o estresse das pessoas”, relata Aécio.
Aécio já trabalha há 20 anos na Treze de Maio e conta que o público o recebe muito bem. Mais de 200 pessoas passam por ele todos os dias. Além disso, a estátua já passou por várias emissoras televisivas como SBT e Bandeirantes,
Estátua prateada levando alegria as pessoas da Treze de Maio. Créditos: Aline Domingos.
David Farias Garcia, 30, veio do Rio Grande do Sul para o interior de São Paulo afim de encontrar um emprego registrado, mas o que acabou encontrando foi o trabalho de rua. David não é artista, mas além de vender capinhas para celular nas ruas da Treze de Maio, ele fala 4 línguas fluentemente, espanhol, italiano, inglês e um pouco de francês, isso da suporte para o seu segundo trabalho fora das ruas, que é ajudar e aprimorar a fala de pessoas que encontram dificuldades nessas línguas.
“Eu estou procurando emprego pra caramba, mas está muito difícil conseguir, e a saída pra conseguir uma grana, que eu encontrei foi o trabalho de rua. Eu expondo aquilo que eu quero vender, por exemplo, eu grito aqui na rua, algumas pessoas passam, ouvem e pedem ajuda: ‘onde posso fazer isso, onde posso fazer aquilo’. E com isso eu levo as pessoas a seus objetivos e ainda ganho comissão”, afirma David.
O ardor do trabalho em baixo do sol é visível, mas David chega a tirar entre R$2.500 a R$3.000 por mês.
“Eu estava querendo alguma coisa registrada, porque registro é o que vale, e a partir daí estou entregando currículo. Se eu ficar parado vou passar fome. Eu trabalhava em uma churrascaria, mas eu sai porque não tinha vida, trabalhada de segunda a segunda das onze ás onze, mas aí consegui uma grana, aluguei um lugar pra morar e estou caminhando com as minhas próprias pernas. Sei que mais pra frente vou me lamentar porque como vou me aposentar?” afirma David.
David com suas vendas ambulantes de capinhas para celular. Créditos: Aline Domingos.
Treze de maio
Conhecida como o símbolo da metrópole campineira, a Treze de maio é passagem de cerca de 100 mil pessoas diariamente, de diferentes classes sociais. A maioria dos consumidores dizem que frequentam a treze de maio por seu bom preço em todas as lojas dos 800 metros de calçadão. Além disso, a população prefere a Treze de Maio á shopping, mesmo de baixo de sol.
Editado por Thaís Bueno