Som na caixa: a música nos bares de Campinas

A noite de Campinas é uma das mais movimentadas do estado de São Paulo. A cidade conta com várias opções para quem gosta de ouvir música ao vivo, seja esta autoral ou somente uma reprodução.

Para músicos que gostam de trabalhar com canções autorais, é mais comum atuar em bares e casas de shows que possuem um público mais específico, algo que já não ocorre em restaurantes, onde o repertório é composto por músicas mais conhecidas sendo estas antigas ou atuais, muitas vezes variando os estilos.

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Os estilos não comerciais

Embora Campinas disponha de uma grande variedade de bares, algumas bandas se queixam sobre a falta de espaço para se apresentar para públicos específicos. O Indie e, principalmente, o Sertanejo são considerados comerciais e bem vistos para aqueles que querem lucrar na noite. Para quem toca algo que não é considerável vendável para os bares, como variantes do Heavy Metal, a procura é um pouco mais escassa.

Em função desta falta e variação de estilos, os grupos acabam tendo seu trabalho divulgado somente através da internet.

“Os maiores desafios para ter uma banda independente hoje são arrumar espaço para tocar. Não são todos os lugares que aceitam, até mesmo pelo Metalcore ser um estilo pesado e que não agrada a todos. Existe o contato pela internet com as outras bandas e até mesmo de pessoas que já nos viram tocando cobrando para voltarmos. A maioria das curtidas na nossa página no Facebook é de fora de Campinas’’ – Victor Lino, guitarrista banda Consolidate.

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O contato para se apresentar

Com a transição de informações para o ambiente online, a utilização da internet para divulgar o material também se torna um jeito de conseguir entrar em contato com donos de casas de shows. Algumas casas contam com produtores, que contratam os shows a partir do contato das bandas através de redes sociais. Para quem já tem um nome consolidado no mercado, o cachê é fechado, podendo variar conforme negociação.

”O contato nas casas é feito com os donos dos bares. Algumas têm produtores, o que faz com que você não tenha contato com os donos e sim com quem cuida da programação. As bandas que estão começando no mercado têm que ter material promocional, normalmente levam e deixam o cara ouvir. Não existe uma reunião ou contato de primeira. Se ele gostou ele chama você para conversar. Ter um cartão de visitas.” – Fernando Fileno – vocalista e baixista da Ludda Blues Band.

Quando o grupo não tem peso ou nome no mercado para conseguir agendar um show por conta própria, existe a opção da realização de festivais e abertura para bandas já famosas. A ideia é simples: reunir várias bandas menores, que toquem o mesmo estilo musical e fazer um evento que dure no mínimo seis horas.

  • Abertura: quando se tem uma banda com maior reconhecimento no mercado, a abertura do show é composta por vários grupos tocam antes do show principal. No Woodstoke Bar, são dados 40 minutos para que se possa apresentar, seja composições próprias ou covers. A venda de ingressos é feita pelo estabelecimento e pelas bandas, sendo normalmente no valor de R$10,00.
  • Festival: sem um grande nome na cidade, festivais e festas temáticas, como o Rockones do Bar do Zé se tornam uma opção. Estes normalmente tocam somente um gênero, atraindo quem mais se identifica com o estilo musical tocado.

Por parte de quem fornece os shows, a preocupação é também com a renda das apresentações. O que acaba ocorrendo é a mescla no repertório entre músicas autorais e o composições já famosas, de grupos que influenciam a banda. Com isso, existe uma maior vendagem de ingressos e consequentemente mais público para os bares e casas de show.

”No começo do bar, tínhamos a sexta-feira indie, no caso de independente, que a gente curtia, e colocava pra tocar. Fizemos isso por dois meses, mas não dá dinheiro. O que sobrou na minha agenda foram duas bandas que já ajudaram a gente aqui, e eu coloco elas para abrir para cover por que é o que vende hoje. No Woods foi à época, eu não apoio mais nada. Quer tocar? Chega pra mim e fala, eu coloco para abrir para uma banda cover. Não arco com os custos”, relata Reinaldo Silva, dono do Woodstoke Bar.

Lista de bares e casas de show da Região de Campinas:

  • Bar do Zé – Av. Albino José Barbosa de Oliveira, 1325. 13084-008 Campinas
  • Woodstoke Bar – Rua Erasmo Braga, 06, Bonfim. 13070-147 Campinas
  • Sebastian Bar Campinas – Rua Dona Maria Umbelina Couto, 79 – Guanabara. 13076-011 Campinas
  • Echos Studio Bar – Rua Agostinho Pattaro, 54, Barão Geraldo. 13084 Campinas
  • Club 88 – Av. Dr Thomaz Alves, 39. 13010 Campinas
  • Quinta do Gordo – Rua Sete de Setembro, 553, Campinas
  • Aldeia Santo Antônio – Rua Xavier Mayer, 80, Campinas
  • Estação Moinho – Rua Orlando Paulino 78 Jd Londres. 13060-251 Campinas
  • Estação Castelo – Av Andrade Neves, 2001 – JD Chapadão 13070000 Campinas
  • Brasuca – Avenida Santa Isabel, nº 800, Barão Geraldo. 13084-012 Barão de Geraldo
  • Bar Lado B – Av. Albino J. B. de Oliveira, 1240 – Barão Geraldo, Campinas – SP, 13084-008

 

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