Por Sérgio Moreira Jr.
Não é de hoje que os métodos para se educar pedagogicamente uma criança são questionados. Desde a década de 30 as escolas passam por mudanças frequentes referidas à grade, a metodologia e a capacitação do corpo docente. Além das formas convencionais que se aprende nas escolas existem outros métodos para estimular a capacidade de raciocínio de uma criança e que despertam ainda mais a curiosidade a vontade de aprender. São métodos que priorizam a criatividade.
A PiMu, por exemplo, é uma invenção que estimula a criatividade através da música. Uma lousa que desperta em qualquer pessoa o espírito de compositor musical. Com apenas alguns traços de tinta guache na lousa, criam-se trilhas sonoras e arranjos musicais únicos.

Criada de forma artesanal pelo músico Vitor Moreira já foi utilizada em oficinas do SESC (Serviço Social do Comercio), em escolas, e integrou a InterEducação 2016 em Campinas, feira destinada às inovações pedagógicas. Em uma das oficinas de cinema do SESC, a PiMu foi ferramenta para as crianças criarem a trilha sonora de um filme de terror. “As crianças adoram, a interação faz com que elas se sintam participantes do filme”, disse Vitor.
(Créditos: Sérgio Moreira Jr.)
O processo pedagógico usado por Vitor é no estilo “maker”, isto é, depois de uma breve explicação sobre o funcionamento da lousa, as crianças ficam livres para criar o que bem entenderem. “Esse processo é mais interessante do que um “passo a passo”, pois há um empoderamento da criança. A possibilidade do descobrimento por parte dela faz com que, se criando de forma livre, se interesse mais. A teoria pode vir depois…”, explica Vitor.
“Ser maker é super divertido e traz muitos benefícios. Um deles e o mais percebido é o incentivo à criatividade”.
É o que diz também Diego Thuler, engenheiro elétrico e biomédico formado pela UNICAMP e criador da Little Maker, escola que aplica tecnologia, robótica e arte para despertar a paixão das crianças de 6 a 14 anos por criar. Estruturado com uma metodologia multidisciplinar (pedagogo, psico-pedagogo e engenheiro) as atividades ocorrem nas escolas Little Maker e em escolas filiadas.
“Não atuamos com recreação, somente no desenvolvimento estruturado das crianças”.

A escola já existe em Americana, campinas e Indaiatuba, nela as crianças criam robôs, brinquedos e aprendem a trabalhar em equipe.Diego também pontua que nenhum método se faz eficaz se não há o incentivo dos pais na formação intelectual das crianças.
“A criatividade tem grande valor universal, ela contribui muito para a evolução humana. O potencial criativo humano começa já na infância. Quando as crianças têm suas iniciativas criativas elogiadas e incentivadas pelos pais, tendem a ser adultos ousados, propensos a agir de forma inovadora”, conclui Diego.
Editado por Pedro Alves