Por Vitor Santos
A ideia de unir o mundo dos games a ações solidárias é o objetivo do Jogatona, um projeto que existe desde o ano passado. A maneira encontrada foi usar o dinheiro arrecadado com os acessos do público, que acompanha as transmissões online (streams), para reverter à instituições beneficientes.
O idealizador do projeto é Eddy Antonini (confira fala abaixo), engenheiro de telecomunicações e apaixonado por games. Ele fez mestrado em “gametificação da educação”, que é um jeito de usar os jogos como um instrumento de educação nas escolas.
O tradutor Fernando Mucioli começou a participar das transmissões após um convite de Antonini, amigo há mais de dez anos. Mucioli considera que a proposta do Jogatona une o útil ao agradável. “Eu sabia que era um negócio sério e que valia a pena participar. O Jogatona significa uma chance de retribuir à sociedade com boas atitudes através de algo que já fazemos naturalmente. Nós entretemos as pessoas e conseguimos ajudar com uma causa importantíssima.”

Para a publicitária Tamires Posenato, esse potencial de ação se dá pelo fato de ser um negócio inédito no Brasil. “Jogatona é a peça que faltava no meio gamer do Brasil. Com um modelo muito parecido com o Awesome Games Done Quick, que é um projeto norte-americano, a Jogatona mostra a força do brasileiro na movimentação e conscientização para ajudar quem precisa”, disse.
A jovem de 25 anos trabalha com mídia digital e está no projeto desde o começo. Ela conta que sempre dá os seus “pitacos”, a fim de aumentar o público.
Falando sobre curiosidades do projeto, Eddy Antonini lembrou que na segunda edição, que aconteceu no final de fevereiro, muitos membros do grupo ficaram doentes, e por isso demoraram a voltar à ativa. Essa situação obrigou o idealizador a adiar a terceira edição.
Os primeiros contemplados com esse projeto solidário foram crianças deficientes da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente). As doações foram feitas sobre a bandeira do Teleton, projeto do SBT e da AACD, que também ajuda esse público.
Como ele revela no áudio abaixo, foram arrecadados dois mil reais da primeira vez e 900 reais na última.
Por fim, Eddy diz que a expectativa para este ano é melhorar a estrutura para o evento. “É um negócio pequeno, tá se provando ainda. A pessoa que faz vídeo para o Youtube fica com um pé atrás, mas esse ano ainda teremos novidades. Falamos com pessoas dessa mídia e eles ficaram excitadíssimos em participar. A gente só tá montando uma estrutura nova, para que a gente consiga aumentar o número de doações, já que o youtuber é sempre alguém que atinge muita gente”, finaliza.

Aos interessados em colaborar com as instituições, há um link direto para a Jogatona no site da entidade, que permanece aberto para receber doações.
Editado por Arcilio Neto