Por Débora Lopes e Maria Clara Lourençon
A imprensa surgiu no século XV em meio as inovações tecnológicas, como a prensa de Gutenberg, utilizada para efetivar a impressão de livros e outros trabalhos impressos. Atualmente, já no século XXI, o cenário não é muito diferente: o jornalismo conta com computadores, câmeras de última geração, tags geográficas que permitem que o repórter identifique rapidamente o local de um evento, por exemplo, e outros apetrechos que o auxiliam em sua profissão.
Marcel Cheida, por exemplo, é jornalista desde 1977 e assistiu e participou de algumas fases de transformação da imprensa brasileira. O especialista destaca as facilidades que programas considerados simples atualmente podem trazer ao jornalista na hora de redigir um texto. “O próprio Word é uma ferramenta fantástica, que nos permite corrigir ortografia”, diz. “Editar um texto hoje é muito mais fácil do que com uma máquina de datilografia”, completa.
Para Anderson Pignate, especialista em Tecnologia da Informação (TI), existem ferramentas ainda mais sofisticadas. De acordo com ele, óculos que filmam e acessam a internet, relógios que comportam aplicativos e robôs que se movimentam sozinhos (teleguiados) podem ser muito úteis durante a apuração de uma reportagem. “Com tudo isso à disposição, fica mais fácil adequar a reportagem, sincronizar contatos, dados e canais de comunicação”, diz.
Para ele, a internet sempre vai afetar grande parte das profissões, a diferença está no quanto e quão rápido os profissionais aceitarão isso. “O jornalismo tem se adaptar às constantes mudanças sociais, provendo interatividade e ampliando a participação do público”, frisa.
Tecnologia demais pode fazer mal
A opinião é compartilhada por Cheida, mas o jornalista salienta os efeitos colaterais que o mal uso das tecnologias podem causar à profissão. Ouça o áudio abaixo para entender os motivos:
Entrevistado: Marcel Cheida/ Crédito: Débora Lopes
Dicas
Com o bom senso no uso da tecnologia, os jornalistas tendem a ir cada vez mais longe no exercício da profissão. Para ajudá-los, o Digitais separou uma lista de aplicativos que podem ser úteis:
- Evernote – É um bloco de notas que, além de fazer anotações, possibilita a criação de listas de tarefas e pendências, anexa imagens, compartilha notas via e-mail, Facebook e Twitter. O aplicativo está disponível para o sistema Android, iOS e Windows
- VSCOCam– Este aplicativo vai facilitar muito a sua vida para editar as imagens das suas matérias. Com ele você consegue ajustar a luz, o contraste, cortar e girar a imagem. Além disso, tem diversas opções de filtros e ainda oferece a opção de intensidade dos mesmos.
- CuteCut– Que tal editar seus vídeos assim que encerrar a matéria? Com esse aplicativo de edição de vídeo você tem várias ferramentas de edição disponíveis, e ainda pode acrescentar música e compartilhar o vídeo com quem quiser
- Flipboard– O formato de revista do Flipboard pode ser uma boa maneira de começar o seu dia de trabalho. Com o aplicativo, você pode reunir os canais de notícias mais importantes e selecionar as páginas da sua área de interesse.

Pignate reforça que o futuro da inovação tecnológica vem para revolucionar o método de formulação da notícia. “Basta ter em mente que ela precisa conquistar a atenção de um público que esta em constante mudança, utilizando uma série de ferramentas multimídia, com vídeos, fotos, animações e infográficos interativos”, finaliza o especialista.
Editado por Izabela Reame