Por: Mateus Badra
O Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Infraestrutura Urbana da PUC-Campinas em parceria com o Consulado Geral do Peru em São Paulo trouxe, no dia 5 de novembro de 2015, a mostra “Machu Picchu – A Cidade Perdida dos Incas”. A exposição, que fica no saguão da biblioteca do Campus I da universidade, apresenta 18 imagens dos fotógrafos Martín Chambi e Teo Allaín Chambi que retratam as construções e paisagens da cidade.

Exposição
Segundo o Arquiteto peruano e Pós-Doutorado no Programa POSInfra do CEATEC da PUC-Campinas, Denis Perez, que também é um dos colaboradores da exposição, o intuito foi de trazê-la, que antes já se encontrava no Saguão do Palácio dos Jequetibás (Prefeitura Municipal de Campinas), para a universidade, por tratar-se de uma cidade considerada modelo de sustentabilidade e de avançada tecnologia em vários ramos do conhecimento, como: planejamento urbano, arquitetura, estrutura, engenharia hidráulica sanitária, entre outros. “Queremos mostrar ao público a cidade como uma demonstração da deslumbrante organização social, produtiva, administrativa e religiosa dos Incas, assim como seu planejamento urbano e controle territorial”.
Datada por volta de 1920, conta com fotos da construção do santuário, que é divido em duas áreas: agrícola, formada por diferentes bosques e vegetações úmidas, por encontra-se no limite da região amazônica, além de terraços e recintos de armazenagem de alimentos, e a outra urbana, com templos do sol, praças e edificações. A exposição mostra ainda imagens do anoitecer, amanhecer e a vista diurna da cidade, além do mapa da localização.

Curiosidades
Água como fonte da vida
A água era um elemento muito importante para a vida e o ritualismo dos Incas. Foi determinante para a escolha do lugar com a descoberta de uma nascente, devido à permeabilidade que possibilita a infiltração das águas da chuva. Nestas fontes, que serviam para consumo da população, eram realizadas cerimônias ritualísticas em função da importância desse recurso hídrico e da agricultura.
Chambi
O fotógrafo Martín Chambi é avô de Teo Allaín Chambi e nasceu nas regiões mais pobres do Peru. Seu pai trabalhava nas minas de ouro da província de Carabaya, localizada em Puno. Foi lá que o mesmo aprendeu as técnicas da fotografia com um engenheiro inglês. Chambi passou a ser conhecido mundialmente quando o MOMA – Museu de Arte Moderna de Nova York, em 1979, realizou uma retrospectiva de sua obra fotográfica. Ele foi o primeiro que fotografou a vista panorâmica do santuário.

Opinião do público
O estudante de Comércio Exterior, Renan Rezende, comenta que achou muito interessante conhecer a cultura de outros povos e destacou a engenharia da água usada naquela época. “Muitas vezes na correria não temos tempo para parar e ler alguma coisa. E com essa exposição podemos passar aqui na hora do intervalo e ver. É de extrema importância poder estudar esses povos e ver como foi o passado deles”. Para o aluno de geografia, Marinho Rossi, a arquitetura também chamou muito a sua atenção. “Demostra bem como era a vivência dos Incas. Mostra como era a tecnologia usada naquela época, que por mais que estudamos, não sabemos como ela foi feita”.
Serviços
A mostra fotográfica “Machu Picchu – A Cidade Perdida dos Incas” fica em cartaz até dezembro, no saguão da biblioteca no Campus I da PUC-Campinas.
Horário de visitação: Segunda a sexta, das 8h às 22h30, e aos sábados, das 8h às 17h.
Endereço: Rodovia D. Pedro I. Parque das Universidades – Campinas – SP
Telefone do Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Infraestrutura Urbana: (19) 3343-7009
Confira algumas imagens da exposição:
Fotos: Mateus Badra
Editado por Vitor Domingues