Por Fábio Reis

Um estudo, recentemente publicado na revista americana “Proceedings of the National Academy of Sciences”, revelou que uma equipe de pesquisadores do Japão desenvolveu proteínas que produzem luz visível a olho nu. As proteínas, chamadas de “nano lanternas”, são esperadas que estejam, num futuro próximo, em árvores de rua que brilham para economizar com a iluminação pública. Pelo menos, é o que conta o Takeharu Nagai, vice-diretor do Instituto Universitário de Pesquisa científica.
No entanto, apesar da boa perspectiva para o futuro da luminosidade de rua, profissionais da área apontam que se há de tomar cuidado com os impactos ambientais que essa utilização das proteínas desenvolvidas pode causar. Murilo de Carvalho, (IDADE), doutorando do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) e formado em zoologia, por exemplo, diz que a manutenção do cuidado que essas árvores demandam é muito grande e, financeiramente, muito cara.

Além disso, o professor doutor, Augusto Etchegaray Junior, 54, da Faculdade de Química na PUC Campinas, também ressalta que a planta, na qual se inseriria as proteínas, não seja produtora de frutos. Isso porque, segundo ele, “(as árvores) poderiam ser utilizadas como alimentos para pássaros e outros animais. Neste caso, iria requerer uma série de estudos para evitar contaminação dos pássaros.”
Já na opinião da Letícia Basto Pigari, 18, aluna de Química na PUC Campinas, o desenvolvimento dessa nova proteína e a utilização dela em árvores que, possivelmente, assumiriam a função de postes de luz, seria muito interessante. Porém, ela também destaca que se tem que com um certo cuidado a consequência desse uso nas próprias árvores e se são mesmo assim tão viáveis de se realizar quanto parece.

Editado por Izabela Reame