Falta de acompanhamento pode piorar alergias

Por Caren Godoy e Izabela Eid

De acordo com dados da Organização Mundial de saúde (OMS), em 2014, o número de brasileiros que sofrem de algum tipo de alergia era de 35%. Segundo o Banco de Dados do Sistema único de saúde, as alergias mais recorrentes no país, são às respiratórias, como asma e rinite alérgica.

Ainda segundo o banco de dados, por ser a mais comum de todas, a alergia respiratória é também a mais ignorada pelas pessoas, pois seus sintomas que consistem em tosses persistentes, espirros , coriza, entupimento e coceira no nariz, são sintomas que se confundem facilmente com os de uma gripe, por isso nem sempre são tratados como se deve, fato que a longo prazo pode piorar a intensidade e frequência das crises.

Mas existem diversos tipos de alergias que afetam e prejudicam em diferentes níveis a vida dos jovens atualmente, que mesmo com a correria do dia a dia tem que encontrar meios de driblar os problemas causados por crises alérgicas. Esse é o caso da estudante de Jornalismo Giovanna Lima de Souza, 20 anos, que sofre de alergia alimentar. Ela descobriu logo que nasceu que tinha alergia a frutos do mar e mais tarde, aos 14 anos de idade, foi a vez da alergia ao leite ser diagnosticada.

Giovanna Lima fala sobre como a Alergia atrapalha sua vida :

Segundo ela, é difícil precisar, mas em geral momentos de estresse tornam suas crises mais fortes que o normal, e para tentar amenizar o impacto das alergias, ela revela que além de evitar leite e frutos do mar, esta procurando outras possíveis causas de suas crises alérgicas.

Já para a estudante Gabriela Pereira Paganotto, 21 anos, é a alergia emocional que lhe causa transtornos. Suas primeiras crises começaram aos 3 anos de idade, e desde então ela procura se cuidar fazendo acompanhamento com psicólogo e realizando exercícios respiratórios para amenizar a ansiedade, que é uma das causas que desencadeiam essa alergia. Para a universitária, as épocas de provas e trabalhos da faculdade são sempre um grande desafio, mas segundo ela, desde que começou o tratamento essas situações ficaram mais fáceis de controlar. “Cheguei a ficar um mês internada para controlar o quadro. Mas após o tratamento tudo melhorou muito, faz um ano que não apresento nenhum quadro, aprendi a controlar minhas emoções.”

Para a Terapeuta Tatiene Frascetto, 46 anos, que aplica técnicas de acupuntura e auriculoterapia em pacientes com alergia, o corpo e a mente devem ser tratados com a mesma atenção, pois um influencia no bom funcionamento do outro, independente do tipo de alergia que a pessoa tenha. Para ela, o grande problema esta na falta de atenção e cuidado dos pacientes, pois quando as crises diminuem a pessoa acaba abandonando o tratamento achando que já esta curada, e esse é o erro.  “A alergia é algo que faz parte da pessoa, então ala tem que entender como seu corpo funciona para poder lidar com ele, e mesmo que não tenha crises recentes ou que elas diminuam de forma considerável, essas pessoas tem que fazer check ups de tempos em tempos, para monitorar o problema.”


A importância dos testes de Monitoramento

Dependendo do tipo de alergia, conforme o tempo, o corpo pode desenvolver formas de superar ou de piorar as reações alérgicas, por esse motivo é muito importante monitorar a alergia, pois apesar de poder se curar do problema, o paciente pode desenvolver novas alergias a partir daquelas que já possuía.

Para as pessoas que sofrem com alergias relacionadas ao consumo de leite de vaca, ovo, soja ou trigo é necessário fazer o monitoramente anualmente. Já para os casos que envolvem amendoim, frutos secos, peixes e crustáceos, os testes devem ser refeitos a cada 2 ou 3 anos. No entanto, como cada paciente tem seu histórico particular de crises alérgicas, nada é regra.

Depoimento dos alérgicos

Érick Solera Santos, 20 anos, é estudante de Administração e tem uma alergia chamada Dermatite Atópica. No áudio o estudante conta detalhes:

Já o bancário Bruno Sotello, 25, sofre de rinite alérgica que se manifesta também nos olhos. Confira no vídeo parte da entrevista:


Além das alergias mais conhecidas como, por exemplo: respiratória, alimentar, insetos, de pele, cosméticos, metais entre outras, existem alergias mais raras e que são desconhecidas pela maioria das pessoas, muitas delas parecem até mentira. A alergia ao sêmen é uma delas, ela é conhecida como “Hipersensibilidade ao plasma seminal humano”, e é uma das mais raras reações alérgicas, com pouco mais de 80 casos registrados mundialmente. Seus sintomas incluem queimação, inchaço, coceira, náuseas, hipotenção e dificuldade de respirar, que aparecem logo após o contato com o líquido seminal. Acompanhe a seguir outros casos de alergias inusitadas.

ALERGIAS
Arte: Caren Godoy – Fonte Revista Super Interessante

Editado por Vitor Domingues

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