Por Débora Lopes
A Ovum, consultoria britânica que fornece informações especializadas a empresas que operam em diversos setores da economia, realizou um estudo com o objetivo de obter a visão dos internautas sobre sua banda larga. A pesquisa, divulgada na última semana, entrevistou mais de 15 mil pessoas de 30 diferentes países. O resultado foi que os consumidores demandam velocidade de banda larga de pelo menos 10Mbps, esperam uma rede confiável que responde dentro de três segundos e estão cada vez mais dispostos a mudar de prestadores de serviços.
Para 33% dos entrevistados, independentemente do país ou nível de desenvolvimento da banda larga, a velocidade que recebem atualmente é menor do que esperavam. Essa velocidade e o custo do investimento são os principais fatores de escolha do servidor.
Nesse sentido, o estudo indica que ao menos 30% desses consumidores trocaram de servidor no último ano e, em 75% dos casos, os motivos são a busca por um serviço mais confiável e maior velocidade de navegação.

Três segundos é o limite de espera
O relatório também mostra que, quando o serviço responde em menos de três segundos, a satisfação do usuário é garantida. Quando isso acontece, 50% dos usuários classificam a internet como “boa” ou “ótima”. No caso de vídeos e músicas que demoram mais de três segundos para começar a carregar, o nível de satisfação cai significativamente.

A espera por qualquer tipo de serviço acima de três segundos leva a frustração e insatisfação. Segundo a Ovum, 35% dos entrevistados avaliaram um serviço de VoD – vídeo on demand (vídeo sob demanda) com buffer de zero como excelente, mas este nível cai para 10% caso ocorra qualquer tipo de travamento – mesmo que seja apenas ocasional.
Stéfany de Oliveira, aluna do ensino médio, é um exemplo de internauta que se encaixa nesta estatística. Para a estudante, a velocidade na internet é essencial. “Utilizo o serviço praticamente o dia todo e confesso que fico irritada quando travamentos acontecem ou quando a velocidade de navegação cai”, diz. “A qualidade do serviço é o mínimo que nós, consumidores, esperamos”, finaliza a estudante.
Editado por Izabela Reame