Após reajuste, preço médio da gasolina sobe R$ 0,21 em Campinas

Por Fernanda Sotello Lavorini

O preço médio da gasolina em Campinas aumentou R$ 0,21, em duas semanas, de acordo com a Agência Nacional de Petroleo, Gás Natural e Biocombustiveis (ANP). O litro do combustível custava R$ 3,15 até 26 de setembro e subiu para R$ 3,36 nos postos, após reajuste autorizado pela Petrobrás. O balanço mais recente considera valores praticados entre 4 e 10 de outubro.

Segundo o órgão regulador vinculado ao Ministério de Minas e Energia, no Jardim Itatinga foram encontrados os valores mínimo e máximo cobrado pela gasolina: R$ 3,17 e R$ 3,39, respectivamente. Além disso, a pesquisa indicou que, entre os 43 comércios avaliados, 60% deles já vendem a gasolina pelo preço mais alto aplicado na cidade. Veja o infográfico abaixo.

Preço da gasolina sobe após reajuste. Foto: Fernanda Sotello
Preço da gasolina sobe após reajuste. Foto: Fernanda Sotello

A variação de até R$ 0,22 na mesma região indica que os consumidores devem pesquisar para não perderem dinheiro. Para o professor Roberto Brito, da Faculdade de Ciências Econômicas da PUC- Campinas outras medidas devem ser tomadas, já que só a pesquisa de preço muitas vezes não traz vantagem econômica ao consumidor. “Mesmo que o consumidor rode procurando postos com preços mais baratos terá dificuldade de encontrar, quando ele encontra normalmente são postos sem bandeira, sem vínculo com uma marca conhecida e que muitas vezes causa grande desconfiança no consumidor, em relação ao produto, além da desconfiança em relação à oscilação de preço”, explica.

Para Brito deve haver mudança de hábitos, em busca de uma vida mais saudável, menos poluente e menos custosa. “Não há outro caminho para gastar menos com o combustível se não dois muito comuns, o primeiro é na escolha do veículo, escolher carros que são mais eficientes e que gastam menos combustíveis, sobretudo os carros populares que embora possam ter menos conforto acabam por gastar menos na sua motorização, renunciando questões relacionadas ao conforto e optando pela maior eficiência econômica, outra opção seria usar o carro com menos intensidade dando preferência a transporte público ou alternativo, no caso de Campinas a ciclovia”, afirma.

Aumento anunciado

O reajuste na venda da gasolina e diesel para as refinarias começou a valer em 30 de setembro, após autorização da Petrobras. O aumento declarado para a gasolina foi de 6% e para o diesel, de 4%. A expectativa do sindicato que representa o comércio varejista de derivados do petróleo em municípios da região (Recap) era de que o preço da gasolina aumentaria entre R$ 0,15 e R$ 0,17; enquanto que o diesel iria subir de R$ 0,10 a R$ 0,11.

Para o economista Roberto Britto, a variação também está atrelada à localização dos postos de combustíveis. “De uma cidade para a outra, mesmo que ela seja vizinha, há uma diferença de preço significativa. Na região de Campinas isso é muito evidente, nem sempre aquelas cidades que estão mais próximas do centro de distribuição, como é o caso de Paulínia, tem o combustível mais barato e nem sempre as cidades que estão mais distantes também tem. No corredor da Anhanguera a gente percebe que o combustível e o etanol é um pouco mais barato, mas não necessário isso acontece de região para região, isto está relacionado ao mercado local”, diz.

Ele afirma ainda que cabe ao consumidor principalmente “cosmopolitano”, que trabalha em uma cidade e estuda em outra ou mora em outra, estabelecer uma rotina de abastecimento sempre naquela cidade onde houver um preço em média menor. Como é o caso da estudante Rafaela Oliveira que estuda em Campinas e mora em Paulínia. “Busco abastecer sempre no mesmo local na cidade, quando possível pego carona com as minhas amigas que fazem universidade próxima ao meu destino”, afirma.

Diesel também varia

Em relação ao preço médio do diesel, segundo a ANP, o preço médio subiu R$ 0,13 no período comparado. Na pesquisa mais recente, o valor mínimo, de R$ 2,76, foi cobrado por um posto no Parque Industrial Vetorasso; enquanto que o valor mais alto, de R$ 2,94, foi estabelecido por um comércio na região do Aeroporto Internacional de Viracopos.

Editado por Mariana Dandara

1 comentário

  1. É Fernanda, complicada essa alta nos preços da gasolina. Esta dica, de criar uma rotina para procurar abastecer sempre no posto mais barato do caminho é uma boa, eu tenho feito isso, meu carro é só a gasolina, no meu caminho constumeiro tem vários postos, mas, mesmo se a luz de reserva estiver acesa, deixo de abastecer no posto mais perto para ir no mais barato… é o jeito.,,

    Parabéns pela matéria 🙂

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