Por Vicente Brassoloto e Tácila Faria
Manifestantes reuniram-se na tarde de domingo (16/08/2015), para um novo ato contra o governo da presidente Dilma Rousseff. A concentração começou por volta das 13h30, em frente à Catedral Metropolitana de Campinas. Os manifestantes seguiram pelas avenidas Francisco Glicério e Moraes Salles rumo ao Centro de Convivência onde o protesto se encerrou por volta das 16h30. De acordo com a organização do evento, 70 mil pessoas participaram do ato. O comando da Polícia Militar contabilizou 15 mil manifestantes.
Vestidos de verde e amarelo e com cartazes e faixas, manifestantes gritaram “Fora Dilma, fora PT!”, pedindo o impeachment da presidente, apoiavam a Operação Lava Jato e que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não retorne ao poder. Entre eles havia um grupo que pedia a intervenção militar constitucional. A manifestação foi considerada pacífica pela Polícia Militar.
O Tenente Costa esclarece para o Digitais como funciona a operação da Polícia Militar nesses tipos de eventos. Confira:
Até a última quinta-feira (13/08/2015), o local de concentração seria o Largo do Rosário. Devido às obras de revitalização da Avenida Francisco Glicério, a Polícia Militar – por questão de segurança – sugeriu que os organizadores mudassem o ponto de encontro para a Catedral Metropolitana de Campinas.
Pelo menos três grupos organizaram, em Campinas, eventos no Facebook: o “Movimento Muda Campinas”; o movimento “Vem pra Rua Campinas”, e o “Vem pra Rua Campinas Megamanifestação”.
Os pedidos de mudança
Para o porta voz e coordenador da organização do movimento “Vem pra Rua Campinas”, o sucesso de público da manifestação se deu pelo grau de insatisfação da população com o governo Dilma. “São três pautas: apoio total a ‘Operação Lava-Jato’, ‘impeachment da presidente Dilma’ e ‘Lula, nunca mais’, afirma Ronald Tanimotto.
Lucas Trevisan, porta voz do Movimento Brasil Livre (MBL), afirma que Campinas sempre foi um centro político formador de opinião. “Nós temos uma influência muito grande, não só na região, mas no Estado e no Brasil. Campinas vai levar essa força para se juntar à do Brasil e, com certeza, amanhã nós esperamos que o impeachment seja colocado na mesa”, conclui.
Durante o trajeto as avenidas permaneceram parcialmente interditadas. Por esse motivo, a Guarda Municipal, a Polícia Militar e os agentes de trânsito da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC) acompanharam todo o caminho percorrido.
Às 16h, os manifestantes começaram a chegar ao Centro de Convivência e prepararam-se para cantar o Hino Nacional, que encerraria a manifestação. Após o Hino, as pessoas se dispersaram e os organizadores do movimento comemoravam ao contabilizar a presença de, aproximadamente, 70 mil manifestantes. A Polícia Militar informou um número bem abaixo. Segundo a corporação, participaram do ato em Campinas, 15 mil manifestantes.
Confira o vídeo da reportagem abaixo:
Histórico das Manifestações
Na manifestação do dia 12 de abril, de acordo com a PM, 10 mil pessoas estiveram nesse ato. Já os organizadores contabilizaram 40 mil. Nesse dia, os manifestantes pediram o impeachment da presidente Dilma, redução nos preços dos combustíveis e o fim da corrupção na Petrobrás e no país.
Dilma atinge pior índice de reprovação
Ainda segundo o instituto, o índice de rejeição da presidente Dilma a classifica como a governante mais impopular desde setembro dos anos de 1992 e 1989, quando respectivamente, os presidentes Fernando Collor e José Sarney atingiam 68% de reprovação.
(Créditos Vicente Brassoloto)
Editado por Débora Lopes e Carolina Neves