Por Sérgio Moreira Jr.
Ontem (11), aconteceu o “Grande ato contra o aumento da tarifa” na cidade de Limeira. A manifestação foi reflexo do aumento tarifário no transporte público da cidade de R$3,00 para R$3,40, que, autorizado pelo prefeito da cidade, Paulo Hadich, entrou em vigor no domingo (7). Com essa alteração, a cidade de Limeira, na região, perde somente para Campinas, que tem sua passagem a R$3,50.
Os manifestantes se encontraram no terminal central urbano de Limeira por volta das 17h. Eram, em sua maioria, estudantes da Unicamp e participantes de coletivos e movimentos, como o sindicato dos metalúrgicos, coletivo LGBT Cores e o Domínio Público, que recentemente encabeçou a manifestação bem sucedida contra o aumento do salário dos vereadores da cidade.

“O aumento da tarifa foi de 13%. Agora pergunta pro motorista, pro cobrador, pro seu vizinho, que pegam ônibus todo dia, se eles tiveram um aumento salarial de 13%. É uma medida que quem sofre é a população”, disse Eduardo Ferreira, membro do coletivo Domínio Público”. E ainda continua: “a gente luta por um transporte público gratuito, assim como o sistema de saúde e a educação”, afirmou Ferreira.
Em nota, a Prefeitura Municipal e a Secretaria de Obras e Transportes afirmara que a alteração do preço foi embasada no diesel, que sofreu aumento nos últimos meses, e que as melhorias reivindicadas pelos manifestantes, tais como melhor qualidade dos ônibus, mais linhas, e mais abrangência na cidade, não serão realizadas agora.

Entre os manifestantes estava também Humberto Ramos, formado em Direito e funcionário do Centro da Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDECA). Ramos já participou de vários movimentos na cidade, inclusive do último na Câmara Municipal contra o aumento do salário dos vereadores, e, para ele, Limeira tem que aprender a lutar, deixar o “pensamento de cidade do interior” de lado para agir com autossuficiência.
“Precisamos nos organizar. Essa foi só a primeira manifestação. Segunda-feira (15) vai acontecer outra no sindicato e assim a população da cidade vai acordando, aprendendo a reivindicar os direitos. Afinal, em 2013, brigamos por 20 centavos, agora são 40. É revolta em dobro”, relembra Humberto.