Por Karina Danielle
A Fruta-do-Milagre ( Synsepalum dulcificum ) também conhecida internacionalmente como Miracle Fruit é nativa da África Ocidental, precisamente da Nigéria. O milagre dela consiste em sua polpa, onde há uma glicoproteína, chamada miraculina. Esta se impregna nas papilas gustativas, o que muda o paladar, tornando todo alimento ácido ou amargo, em doce.

Luis Bacher , permissionário do Ceasa Campinas e produtor de plantas e flores raras há 37 anos, cultiva e vende a Fruta do Milagre. Segundo ele, no passado a fruta era apenas destinada para colecionadores, e foi a partir do século XXI que começou a ter uma disseminação maior da Miracle Fruit no mundo.”Começou a sair muita informação sobre a fruta e com a popularização da internet aumentou a demanda. Tínhamos algumas matrizes e começamos a produzir”, conta Luis.
A ação da Fruta do Milagre dura em torno de 30 min a 2 horas, durante este tempo, todo alimento azedo, abacaxi, limão, vinagre e até mesmo amargo para alguns, como a cerveja ficarão doces. A fruta pertence a família da Sabotáceas, sendo um arbusto de porte pequeno, que atinge em média um metro de altura. Porém, com apenas 30 cm já se inicia a produção de frutos.O cultivo da planta pode ser feito em vasos, podendo ser colocada em locais a pleno sol e meia-sombra.

A venda desta fruta milagrosa é geralmente feita no varejo,mas de acordo com Bacher já começou a ter procura para plantio comercial da fruta.” A cada ano que passa está aumentando as vendas”, completa o produtor. Hoje, a espécie é ainda desconhecida pela maioria dos consumidores de plantas e seu cultivo está restrito a colecionadores de frutíferas raras.
Por ser uma planta de crescimento lento e raro o custo da muda é relativamente alto em relação as espécies mais comuns.Podendo variar o preço de R$ 50 à R$ 60 reais.
Em alguns países já se produz tabletes feitos a partir da fruta. Estudos e pesquisas ainda estão sendo feitas para descobrir os mistérios deste frutífero, uma vez que ele pode ser eficaz para o tratamento de doenças como a diabetes. Já que o que torna o gosto doce é uma proteína e não a sacarose.
Editado por Danilo Christofoletti