
Por Renata Rosica
Em Campinas o Dia Nacional de Paralisação contra o PL 4330/04 mobilizou trabalhadores de várias categorias. 16 agências e departamentos do Banco do Brasil, Caixa Federal, Itaú, Bradesco, Santander, HSBC, Safra e Losango atrasando em uma hora o atendimento ao público.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região atrasou a produção na montadora Honda, em outras como Mercedes-Benz e Toyota, os trabalhadores concordaram em assembleia não trabalhar. “Nós temos lado e é o dos trabalhadores. O único meio de parar essa votação do PL 4330, que terceiriza todas as categorias de trabalhadores do Brasil, é uma greve geral”, disse Emanuel Melato, dirigente sindical. A empresa conta hoje com 1.500 trabalhadores sendo 900 terceirizados.
Os petroleiros de Paulínia fecharam a rodovia Zeferino Vaz na altura da Replan. Servidores da Unicamp também fecharam a entrada no começo da manhã. A posição das centrais sindicais é de que enquanto esse Projeto de Lei estiver em pauta os trabalhadores se manifestarão, e mais, está em construção uma greve geral nacional.
No centro da cidade de Campinas a CUT, CTB, Intersindical, UGT e Conlutas além de movimentos sociais, como o Movimento Popular de Saúde de Campinas (MOPS) e o Movimento Campinas Contra a Privatização. Também estiveram presentes os vereadores do PT, Pedro Tourinho, Carlão e assessores representando Ângelo Barreto além de militantes do PT, PSTU e PCdoB.
Câmara tenta votar ainda hoje destaques do PL 4330
está agendada para hoje (22) a votação dos destaques do texto base do PL 4330. O Projeto de Lei é polêmico por permitir a terceirização das atividades -fim em todas as empresas privadas do país. As empresas públicas e de economia mista foram tiradas do texto semana passada.
Segundo a CUT (Central Única dos Trabalhadores), os trabalhadores voltam as ruas nesta quarta-feira. A pressão da semana passada deu certo, os deputados adiaram a votação, mas prometem correr com os destaques a partir de hoje. “Para nós termos um Brasil melhor, vai ter que mexer na linha econômica. Ajuste, se for pra fazer, que faça nas grandes fortunas”, defendeu o presidente da CUT, Vagner Freitas, que atacou o projeto da terceirização. “Se for preciso fazer uma greve nacional pra impedir que se mexa no PL 4330, não tenham dúvidas de que faremos.”