Por Marina Zanaki

Ponto de uso de drogas, risco de quedas para crianças, além do aparecimento de ratos e animais peçonhentos nas casas próximas. Esses são os principais problemas relatados por moradores que residem no entorno da área conhecida como “Piscina do Jacó”, no bairro Jardim Bela Vista, em Nova Odessa. Esquecido pelo poder público desde 2011, quando foi doada à municipalidade, o local que deveria ser usado em benefício da população vem causando transtornos aos vizinhos.
O administrador Marcelo David mora na Rua Augusto Peterlevitz, em frente a área abandonada, e relata transtornos por conta do terreno e da via bloqueada com um muro para fechar a área: “Temos medo à noite, porque tem espaços para bandidos se esconderem ali. Além disso rua está pela metade, tem só uma faixa para passar com o carro por causa do muro, e tem também o problema da desvalorização do imóvel, que fica numa rua pela metade e em frente a esse terreno”. O morador informou que a água da chuva não se acumula na piscina, pois a prefeitura realizou uma intervenção para que o líquido escoe para o solo.

A zeladora Alda Maia Rosa dos Santos também preocupa-se com a falta de segurança no local: “O muro que colocaram na lateral do terreno está com buracos enormes, totalmente danificado. Uma criança passa muito fácil por ali, e pode entrar e se machucar. Estão esperando acontecer uma tragédia para tomar providências”.
Na opinião do engenheiro Civil, Marcos Ramalho, o local apresenta potencial de aproveitamento em benefício da população. “Minha sugestão para a área é um Centro de Lazer para uso coletivo que não demande muita movimentação e agito de grandes aglomerações, pois o bairro não suporta”; avalia Ramalho. O engenheiro sugeriu uma avaliação da área para verificar o custo e a viabilidade da construção de uma piscina pública.

Doada ao município há quase quatro anos pela família Welsh, o local tinha na época valor venal estimado em 440 mil reais. A Prefeitura de Nova Odessa afirmou, quando da doação, que o município deveria “iniciar junto à Coden (Companhia de Desenvolvimento) estudos para a melhor destinação da área”. Questionada, a assessoria de imprensa do município não respondeu aos contatos da reportagem até a publicação.