Por Bruno Alves
Rabino Jaime Rosenzweig diz que as crianças merecem atenção e que a educação deve estar ligada a cultura e tradição familiar. A fala foi em virtude dos 90 anos da Comunidade judaica em Campinas e do dia da imigração judaica instituído por meio da Lei Nº 12.124/09.
Na cidade, a comunidade judaica está presente desde a fundação do Centro Israelita “Beth Jacob”, há nove décadas. O pesquisador Ariel Elias do Nascimento abordou em seu mestrado a história dos judeus na cidade, resgatando muitos aspectos sociais e comportamentais. Segundo ele, “conhecer a história dos judeus na cidade foi impressionante”.

O rabino diz a cidade é grande e tem espaço para conviver tranquilamente com as tradições. Ele fala que a convivencia entre os judeus é em um clima de alegria e união. Além de estarem inseridas no contexto familiar, existe muito contato com a culinária e ensinamentos judaicos.
Para quem mora na cidade e vive a cultura, ainda é complicado lidar com a reação das pessoas. A comerciante Nadja Simis comenta que “todos ficam assustados” quando ela diz que é judia. “As pessoas relacionam a cultura com o oriente médio que tem várias religiões, por isso sempre tenho que explicar algumas diferenças”, conta.
O pesquisador Ariel Elias do Nascimento considera que “Campinas permitiu e possibilitou a adaptação destes imigrantes ao longo de nove décadas”. Ele fala também que, apesar da influencia cultural local, os judeus permanecem ativos nas festividades religiosas.