Por Giovanni Mari
O aumento da taxa de juros do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) tem gerado insatisfação geral. A modificação feita pelo governo neste ano em detrimento da alta dos preços no país fez com que a taxa de juros do Fies subisse a 4,5%, o que gerou reclamações das universidades e do estudantes. A taxa de juros estipulada para o Fies em anos anteriores ficava em torno de 3,4%.
O Fies foi uma forma que o Ministério da Educação (MEC) encontrou de dar oportunidades a estudantes, sem tantos recursos, financiarem seus estudos em faculdades particulares e pagarem o restante das parcelas após o termino do curso. Os reajustes feitos pelas universidades causou desconforto para quem depende do programa e, por isso, o MEC subiu e limitou o percentual a 6,4%, que é o valor da inflação de 2014.
Alguns alunos da PUC-Campinas tiveram dificuldades na inscrição e renovação do Fies. Em nota divulgada no dia 3 de março, a universidade afirma que não é responsável pelos problemas do site, que afetou estudantes de todo o país. Em relação as taxas, a PUC diz estar amparada juridicamente e que os preços das anuidades são regulamentadas por ato normativo específico, não havendo nenhuma irregularidade. A instituição reforça ainda que não houve qualquer tipo de cancelamento e que o programa segue normalmente.
Além dessas modificações, o Fies passa exigir, a partir desse ano, uma nota mínima de 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) para ser aceito no programa. O aluno também não pode zerar a redação para conseguir o desconto. Só será aceito abaixo da nota mínima aqueles que terminaram o Ensino Médio em 2010 e professores da rede pública que pretendem cursar pedagogia, cursos de licenciatura e cursos superiores.

Editado por Jaqueline Zanoveli