Por Jacqueline Fernandes
A nova febre dos maníacos por tecnologia é comprar um celular que tenha aplicativos que já foram retirados das lojas online de apps. Os donos de smartphones que tiverem baixado aplicativos como Secret, Flappy Bird e Lulu estão sendo valorizados na hora da venda. Um aparelho que custaria R$ 700 está sendo vendido por até R$ 1 mil reais. E há quem desembolse até mais para garantir um celular com apps “raros”.

Para Rodrigo Amuchastegui diretor da Studio 6, empresa especializada no desenvolvimento de aplicativos, a valorização dos celulares é uma questão de exclusividade. “É mais uma questão psicológica do que tecnológica. As pessoas buscam aquilo que não podem ter. Acredito que isso aconteceria em qualquer negócio. No mercado americano, esses aparelhos variavam de U$ 500 a milhares de dólares. É um público muito consumista”, afirma Rodrigo.
Os valorizados
Lulu: O polêmico aplicativo Lulu – que permitia às mulheres avaliarem os seus amigos do Facebook dando notas e usando hashtags engraçadinhas – está fora do ar no Brasil. Isso ocorreu depois de uma determinação da 6ª Turma do Tribunal de Justiça do Distrito federal e Territórios, de 19 de dezembro do ano passado, para que a Luluvise Incorporation e o Facebook excluíssem imagens e informações postadas sem autorização.
Flappy Bird: O criador do game para smartphones e tablets “Flappy Bird” afirmou em entrevista à “Forbes” que retirou seu jogo do ar porque “ele se tornou um produto viciante” e isso “virou um problema”. Apesar de ser gratuito para baixar, “Flappy Bird” rendeu uma pequena fortuna a Nguyen durante seus cerca de 30 dias de sucesso estrondoso.
Secret: Uma liminar ordenou que o Google e a Apple apagassem o app Secret das lojas Google Play e App Store. A proibição veio após diversos internautas se queixarem do bullying praticado no aplicativo. Para o Ministério Público, diversas pessoas são vítimas de constrangimentos e crimes contra a honra, sem que possam se defender.
Mesmo com a ordem de que os aplicativos vetados para download fossem apagados imediatamente dos aparelhos, diversos usuários ainda mantém os apps baixados.

Editado por Tiago Soares