Por Martha Raquel Rodrigues
Que Campinas sofre com a estiagem mais severa dos últimos 26 anos, não é novidade para ninguém. O dado vem do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e aponta que no primeiro semestre choveu 418,7 milímetros, quando o esperado era de 815,8.
Cinco cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) sofrem atualmente com o racionamento de água. Cosmópolis, Nova Odessa, Santo Antônio de Posse, Valinhos e Vinhedo aderiram a forma de economia de água com o intuito de prolongar o período de distribuição, uma vez que o Cantareira opera com apenas 5,1% da sua capacidade. Desde 15 de julho o volume morto do Cantareira vem sendo utilizado para abastecer as cidades da nossa região e parte da grande São Paulo, somando 8.1 milhões de pessoas segundo dados da Sabesp.

Das 20 cidades da RMC, 15 delas tiveram programas de prevenção a estiagem. Americana, Engenheiro Coelho, Espirito Santo do Pinhal, Holambra, Hortolândia Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Morungaba, Paulínia, Pedreira e Sumaré trabalham desde o ano passado com a conscientização da população, e com obras que ajudaram a diminuir o desperdício de água.
Em Artur Nogueira, a solução foi aplicar multa de R$500,00 a quem desperdiçasse água, e em caso de reincidência, o valor da multa dobra. Artur Nogueira não está dentre as cidades em racionamento, mas decretou estado de emergência em 06 de agosto. A cidade construiu cerca de 8 novas caixas d’aguas próximas a creches e escolas, e deve ajudar no abastecimento com caminhões pipas. Santa Barbara D’Oeste é exemplo com seus 53 reservatórios de água. A cidade não corre risco de racionamento de água e há mais de um ano que as faltas de água na cidade são pontuais, somente em algumas situações de reparos e manutenções.
Campinas não trabalha com o racionamento de água, mas com a aplicação de multas e conscientização. Com isso, foram economizados 20% até setembro de 2014, o equivalente para abastecer a cidade por 17 dias. Outras cidades também conseguiram reduzir o consumo de água conforme apresentado abaixo:

Mesmo em cidades onde o racionamento não esta presente, é possível notar que a estiagem afetou rios, córregos e lagos. Em Itatiba, o Ribeirão Jacaré encontra-se com metade do nível de água presente em um ano atrás.

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Editado por Nathani Mota
achei que é importante as pessoas serem informadas do que esta sendo feita em relação a este problema que afeta todos . gostei muito da matéria
Bom dia, Vilma. Você pode encontrar mais notícias sobre o tema em nossa série especial sobre água, o link está logo acima. O planejamento das prefeituras é muito importante, mas deve vir acompanhado da conscientização da população. Se trabalharmos todos juntos, conseguiremos diminuir os efeitos da estiagem.
Parabéns Martha, ficou muito boa sua reportagem…mas é lamentável como a população é “ignorante” qto ao assunto, ontem mesmo na rua da minha casa uma família estava lavando a moto, o carro, e a calçada com a mangueira CHORANDO água sem parar!!!! espero que se conscientizem antes que comece a racionar aqui em SBO tbém!!!!!
Muito obrigada, Gima. Você pode encontrar mais notícias sobre o tema em nossa série especial sobre água, o link está logo acima. Tão importante quanto o planejamento, é a conscientização da população. Sempre que possível alerte seus vizinhos de que a economia de água é importante não somente para eles, mas para todos.