Por Lara Huttembergue
Na noite desta quarta-feira (4) o café filosófico que acontece no espaço CPFL cultura em Campinas recebeu o jornalista e musicólogo Zuza Homem de Mello que deixou transparecer-se ao público um senhor muito humorado. Zuza acredita que independente do lugar que esteja, é sempre importante levar o bom humor. “Ter bom humor no que você escreve é ter bom humor na vida” diz Zuza.

Ao lado de seu grande amigo o jornalista Humberto Werneck, assim como ficou explícito durante a entrevista, Zuza contou ao público um pouco de sua trajetória profissional e sobre seu último livro lançado, música com z. Zuza despertou seu interesse pela música ainda menino, e era a atração principal da sala de visitas da casa de sua avó ao cantar “canção do expedicionário” do poeta Guilherme de Almeida.
Antes de optar pela faculdade de engenharia assim como a sua família paterna, já tocava piano e contra-baixo. Com isso, não concluiu o curso de engenharia e decidiu estudar música em outro país já que naquela época o Brasil não oferecia essas graduações.
Quando voltou ao país trabalhou como colunista na folha da noite, atual folha de São Paulo onde produzia as reportagens através da máquina de escrever e enviava por correspondência. Zuza foi também crítico musical do jornal O estado de São Paulo durante dez anos. “Eu vou escrever sobre música porque isso eu domino” afirma Zuza Homem de Mello”
No conceito de Zuza existe uma exceção conhecida como “o lado b”. O lado b, o qual ele se refere é o conteúdo não interpretado por traz da canção e é também o trabalho do letrista. Na concepção de Zuza, o profissional que possui este lado não faz de seu trabalho monótono, e sim uma liberdade de expressão. “O lado b me atrai profundamente para filtrar o bom do grande compositor.
Diante de um público que o venera, Zuza Homem de Mello respondeu as perguntas da platéia com entusiasmo, realizou a sessão de autógrafos e declarou ter gostado de participar do café ao lado de seu grande companheiro Humberto Werneck.
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