Páscoa saudável e com chocolate: veja as alternativas para comemorar a data sem colocar o pé na jaca

Por Camila Correia

Época do ano marcada pelo consumo excessivo de chocolates e doces, a Páscoa pode ser sinônimo de saúde, equilíbrio e dieta

Para controlar a vontade excessiva de comer chocolate, a nutricionista Caroline Narimatsu aconselha a evitar o doce após longos períodos em jejum, uma vez que é mais difícil controlar a compulsão (Foto: Camila Correia)

A Páscoa está chegando e, com ela, o aumento do consumo de chocolates e doces. O grande dilema é não resistir ao apelo do momento e, ao mesmo tempo, não prejudicar a saúde e a dieta. O chocolate não é um vilão, na verdade ele nos faz bem. Por conter cacau, o chocolate é riquíssimo em antioxidante e combate os: radicais livres, envelhecimento precoce, a ansiedade e a depressão, além de favorecer a sensação de bem-estar. No entanto, o consumo não deve ser abusivo devido a presença de açúcar e gordura.

Para ser considerado chocolate, o doce deve conter um mínimo de 25% de cacau. São considerados chocolates “do bem” as opções com maior quantidade de cacau e menor de gordura e lactose. Por exemplo, os que possuem 70% de cacau (ou mais) são as opções mais recomendadas. Além disso, já existe no mercado chocolate com goji berry, riquíssimo em antioxidante; com linhaça, rico em fibras; e com whey protein, que traz uma concentração maior de proteína de alto valor biológico.

Dessa forma, você não tem motivos para fugir da Páscoa. Alternativas ao chocolate aparecem nas prateleiras e prometem surpreender os que prezam por uma alimentação balanceada. A alfarroba é um desses novos ingredientes presentes nos ovos e bombons que atende às necessidades do público com restrições alimentares. Os produtos feitos com alfarroba são isentos de lactose e glúten, podendo ser tranquilamente degustados por quem não pode ingerir esses componentes.

A Alfarroba

A alfarroba é uma vagem comestível, marrom escura e bem docinha, utilizada para substituir o cacau. Super saudável, ela dispensa o uso de açúcar por já possuir naturalmente sacarose, glicose e frutose, diferentemente do cacau. Outra grande diferença é com relação ao teor de gordura: enquanto o cacau tem até 23% de gordura, a alfarroba possui apenas 0,7% e ainda é rica nas vitaminas: E, B6, B12, além de cálcio, potássio, ferro, fósforo e zinco.

“A alfarroba possui bem menos calorias do que o cacau e não possui nenhum tipo de estimulante, como a cafeína. Assim, para quem se preocupa apenas com calorias, ela é realmente a melhor opção”, diz a nutricionista Caroline Narimatsu. Estudos recentes da Universidade Federal do Paraná têm mostrado que a alfarroba possui inclusive baixo índice glicêmico, tornando-se um alimento que pode ser consumido também por pessoas com diabetes.

A estudante de Direito Caroline Monteiro, 19, incluiu a alfarroba na sua dieta desde janeiro deste ano e confessa “O creme é bem parecido com o da Nutella, tanto a textura quanto no sabor, acredite.  Na minha opinião, o sabor é muito melhor do que chocolate com 70% de cacau. Não gosto nem de comparar, já que quanto mais cacau, mais amargo é o chocolate”. E ainda acrescenta, “Esse ano optei por não comprar ovo de Páscoa, mas se fosse comprar, certamente seria de alfarroba”.

A aceitação do produto foi tão positiva (este ano cresceu 150% em relação a 2008), que a linha da Carob House, empresa que fabrica as delícias com alfarroba, desde 2003, cresceu (Foto: Divulgação)

Editado por André Montejano