Por Beatriz Assaf
Rotina, má alimentação, poucas horas de sono e estudar apenas aquilo que já domina são péssimos atos para a saúde cerebral. Hoje, Dia Mundial da Saúde, a preocupação é com o cérebro. “As pessoas se lembram que não podem engordar, que precisam comer variedades e até mesmo de suas colunas, mas conheço pouca gente que pensa e cuida da saúde de seu cérebro” afirmou o aposentado José Soares, de 72 anos.
Mas, o que é o cérebro? O cérebro, segundo o neurologista Luis Eduardo Belini, nada mais é que um músculo especializado em comandar nossos movimentos e pensamentos e para que não atrofie deve sempre estar em exercício. Isso significa aprendizado constante associado a uma alimentação diversificada e estado mental equilibrado.
Vários problemas de saúde, se não controlados, podem prejudicar também o cérebro, principalmente hipertensão, diabetes, tabagismo e colesterol elevado. De acordo com o neurologista, o cérebro precisa ser constantemente desafiado e exercitado.
Belini lista os exercícios que ajudam a desenvolver o cérebro “resolução de palavras cruzadas,muita leitura de assuntos diferentes e, preferencialmente, aqueles que o leitor não domine, mudar móveis e objetos dentro de casa, ou seja, não fazer as coisas no modo automático, como se diz”. José Soares é um bom exemplo, o aposentado faz, para “trabalhar o cérebro”, aulas de espanhol e italiano, além de possuir o hábito da leitura e da caminhada.
Já a estudante de 15 anos, Bruna Demarchi, confessa “nunca pensei na saúde do meu cérebro, nem sabia que deveria, achei que só quando ficasse mais velha isso seria um problema”. Belini diz que os jovens geralmente têm memória fraca por déficit de atenção em uma atividade que desenvolve associada, às vezes, à ansiedade ou sono ruim e insuficiente. “Raramente jovens têm problemas estruturais no cérebro” afirma o neurologista.
Editado por Claudia Müller
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