
Por Lucas Bachião
O Brasil é a sede da Copa do Mundo deste ano. O Mundial acontece entre os dias 12 de junho e 13 de julho. Até o momento, o governo gastou vinte e seis bilhões de reais, segundo a última atualização da Matriz de Responsabilidades. A lista de gastos conta com obras de estádios e até projetos na área de turismo, passando por telecomunicações, portos , segurança, infra-estrutura entre outros.
A estimativa é que esses gastos devem girar um investimento em torno trinta bilhões de reais, visto que a última atualização da Matriz foi em setembro do ano passado. O levantamento da Consultoria Legislativa do Senado aponta um gasto de aproximadamente quarenta bilhões de dólares, cerca de sessenta e dois bilhões de reais. Com esse custo, o Brasil superaria os gastos das últimas três edições do evento, que aconteceu no Japão/Coreia, Alemanha e África do Sul.
Em 2002, o Japão e a Coreia do Sul investiram juntos dezesseis bilhões de dólares. A Alemanha, que organizou o torneio em 2006, investiu seis bilhões da moeda americana. Já a África do Sul, em 2010, gastou oito bilhões de dólares. Somando todo valor, isso chega a trinta bilhões. Em contrapartida, todas as edições do torneio já teriam consumido setenta e cinco bilhões de dólares. Segundo a Embratur, os turistas brasileiros e estrangeiros vão gastar vinte e cinco bilhões de reais durante a Copa do Mundo. A pesquisa também registrou que a maior parte das despesas será dos brasileiros, com dezoito bilhões de reais. Serão três milhões de torcedores viajando, nas doze cidade-sedes do torneio. O Ministério de Turismo, espera que seiscentos mil estrangeiros estarão no País durante o mês de junho e julho.
Para o economista, Antônio Carlos Lobão, dificilmente o Brasil terá um retorno financeiro com os gastos investidos com a realização do evento. Afirmou também que o Brasil não vai deixar nenhum legado à competição. “Provavelmente, não, porque toda essa arrecadação com esses ganhos deve ficar com a FIFA (Federação Internacional de Futebol). O país que recebe a Copa não tem ganhos diretos com ingressos, ou com as propagandas feitas durante a Copa. Então, dificilmente esse dinheiro volta” afirmou o economista.
Lobão mostrou pessimismo com a economia brasileira, já que o PIB do País prevê um crescimento em até 2% durante o ano, ou seja, nem a realização do torneio deve impulsionar a economia do País. O especialista sugeriu aos torcedores que vão à Copa, que evitem comprar produtos de alto custo. “A economia brasileira é muito grande e um evento deste porte tem um impacto pequeno, o que não afeta o Brasil, onde os gastos devem passar dos trinta bilhões de reais. Este impacto já aconteceu com a construção das Arenas, porém vamos chegar a uma crescente de 2% no máximo. Em função das cidades que tendem a receber um evento como este, é normal que os preços subam, assim os comerciantes devem aproveitar da oportunidade para aumentar os lucros. Os preços hoteleiros e alimentícios também vão sofrer uma elevação de preços”. afirma Lobão.
O estudante de jornalismo, Fernando Diotto, 20 anos, irá acompanhar a disputa pelo terceiro lugar em Brasília. Diotto declarou que ainda não sabe como vai para a capital federal, comentou que está se atentando às passagens áreas e calculou que gastará aproximadamente mil reais. “Para assistir o jogo da disputa do terceiro lugar, que será um dia antes da final, paguei trezentos e trinta reais no ingresso para ficar em um setor próximo ao escanteio. As passagens estão subindo, por causa da Copa, com isso, as companhias aéreas também estão prevendo um caos aéreo devido ao grande número de vôos em curtos prazos. Com relação à hospedagem, não preciso preocupar, porque vou ficar na casa da minha namorada.” completou o universitário.
O estudante até cogitou em ir de ônibus, mas descartou o uso do transporte, pois já ouviu boatos de que a estrada não é segura.
O valor da passagem de ônibus de Campinas até Brasília varia de cento e cinquenta reais a duzentos e cinquenta dependendo da data e horário.
Editado por André Montejano