Escolas e creches auxiliam no desenvolvimento social das crianças

Por Ana Paula Menezes

A necessidade de colocar o filho em uma creche faz parte da vida de muitas mães e após um tempo que a criança se encontra na escola elas passam a achar que o local e a forma como o bebê é cuidado está induzindo a um avanço no desenvolvimento da criança.

O desenvolvimento motor e de linguagem dos bebês são gradativos e respondem a cada fase de vida da criança. Isto é, podem variar de criança para criança, mas existe um tempo máximo para cada situação ocorrer, o que é chamado entre os médicos de marco do desenvolvimento. Caso o bebê não se desenvolva dentro da média esperada é considerado um atraso e deve-se procurar um especialista.

Cristiane Pereira mãe de dois filhos, que colocou o mais velho com dois anos na escola e o mais novo com quatro meses, é uma das mulheres que dizem sentir a influência do ambiente escolar no crescimento da criança. “Constatei que o meu filho que entrou na escolinha mais cedo começou a andar e a falar mais rápido que o outro, acho que o motivo da evolução precoce deve-se a creche, onde ele teve contato com outras crianças e pode analisar o que elas faziam e tentar imita-las.”

Mas a pediatra e neonatologista Amanda Melhado explica que não necessariamente o avanço motor da criança tenha ligação com a escola. “A escolinha tem influência sim, como tudo ao seu redor. O diferencial está no ambiente em que ela se encontra. O meio externo tem toda influência e pode ser criado pelos pais, em casa mesmo.”

Como no caso de Luiza Medeiros, criança de 1 ano que nunca foi a creche e tem o seu desenvolvimento de acordo com a sua idade. A mãe da menina conta que teve a oportunidade de ficar em casa com a filha e que criava brincadeiras para que ela fosse crescendo e aprendendo. “Tive o privilégio de me dedicar a ela e com a ajuda do pediatra criava situações para estimula-la visualmente, com móbiles e brinquedos, verbalmente – sempre conversando com ela – e auditivamente, quando colocava musicas para ela escutar e não sinto diferença da Luiza para outras crianças, da mesma idade que foram para a escola.”

O contraste maior para a pediatra está no desenvolvimento social, pois a criança que vai a escolinha tem uma necessidade maior de aprender a dividir, se enturmar e confraternizar com pessoas distintas e que até então não faziam parte de suas vidas.

Optar pela creche deve ser uma escolha dentre várias, pois a escola não deve ser usada como única e melhor opção. Amanda diz que se for possível estar com seu filho ao invés de leva-lo à creche, você pode evitar doenças e não é impossível produzir atividades para o seu desenvolvimento. Mas se assim for necessário os pais devem encontrar um espaço que lhes dê a sensação de acolhimento, aquele que eles mais se identifiquem.

 

Editado por Thiago Marquezin

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