Por: Rodrigo Rabelo
A PUC Campinas realiza na próxima quarta-feira (02/04) a nona edição da Campanha de Doação de Sangue, voltada a alunos do Campus 1 da PUC Campinas. Realizada duas vezes por ano pela Coordenadoria Geral de Atenção à Comunidade Interna (CACI), a campanha é feita em parceira com o Hemocentro da UNICAMP, o qual disponibilizará o ônibus para a doação, localizado atrás da praça de alimentação do Campus 1. Trata-se de um processo rápido e que servirá para ajudar a abastecer os estoques de sangue do Hemocentro.
Segundo a Fundação Pró-Sangue, entidade vinculada à Universidade de São Paulo (USP), um doador de sangue pode ajudar a salvar 4 vidas, sendo utilizados tanto em processos de hemodialise quando em cirurgias onde há a necessidade de reposição sanguínea. Porém, embora seja um processo rápido e benéfico, a doação de sangue ainda encontra muitas barreiras, muitas vezes somente psicológicas.
Embora a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomende que o percentual ideal de doadores represente, no mínimo, 3% de sua população, no Brasil esse percentual ainda é baixo, não atingindo os 1,9%. A baixa adesão ocorre pela existência de mitos relacionados à prática, sendo que muitos chegam a ser contraditórios entre sí, como aqueles que afirmam que “doar sangue pode fazê-lo engrossar, entupindo as veias, mas também pode fazê-lo afinar, virando água e provocando anemia” ou então que “a pessoa pode emagrecer ou engordar”, além de outros mitos relacionados à possíveis contaminações ou problemas de saúde.
Porém, tanto o Hemocentro da Unicamp quando o Pró-sangue são taxativos em rebater os mitos. De acordo com as entidades, a reposição de hemáceas, glóbulos vermelhos e ferro no sangue leva entre 8 a 12 semanas, não dando tempo para “afinar ou engrossar”. Além disso, esses locais atuam de acordo com as normas de segurança da Secretaria de Saúde, através do uso de materiais individuais, descartáveis e estéril na coleta do sangue, descartando o risco do doador adquirir uma doença infecciosa.
Além dos mitos, a distância geográfica é outro fator que complica o ato, pelos menos na visão do jornalista Felipe Guerra, 26. Doador desde o final de 2013, ele afirma que “só começou qundo viu que havia um lugar bem acessível para fazer, em outras cidades em que morei os centros para doação ficavam consideravelmente longe ou nem existia, impedindo de pegar o costume.”
A percepção de Felipe é comprovada em consulta realizada no site do Pró-sangue no dia 24/03, o qual atestou que, dos 70 centros autorizados de coleta de sangue no Brasil, a maior parte está concentrada no estado de São Paulo, com 35 unidades credenciadas, e no Rio Grande do Sul, com 9. Os demais estados possuem apenas 1 local de coleta.
A falta de centros gera outro problemas para Felipe: “como é uma prática pouco divulgada e nem sempre temos centros para doação perto de nós, podemos acabar deixando para depois, esquecendo e passando mais algum tempo sem pensar em doar, resultando em uma procrastinação inconsciente. É assim com diversos hábitos, e não deixa de ser diferente com a questão da doação de sangue.”
Para o jornalista, apesar das barreiras geográficas, a importância da doação de sangue pode ser traduzida em uma equação bem simples: “o processo é extremamente rápido e pode fazer grande diferença na vida de outras pessoas que passam por um momento difícil. Levando em conta que algumas dezenas de minutos podem garantir a continuação da vida plena de duas ou três pessoas, podemos dizer que é um ótimo retorno ao investimento?”
Serviço
Realizado pela CACI, a Campanha de doação de sangue na PUC Campinas ocorre duas vezes ao ano, e podem participar qualquer estudante do campus 1, localizado as margens da Rodovia D. Pedro, próximo à Unicamp. Em 2014, a primeira fase ocorrerá no dia 02 de abril, das 08:30 as 12h, no estacionamento atrás da praça de alimentação, no ônibus do hemocentro da UNICAMP devidamente equipado.
Veja abaixo os critérios para saber se você está apto ou não a doar sangue:
Editado por: Ana Paula Menezes
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