
Por Ana Menezes
Sentir-se sozinho e deprimido pode ser um sinal de alerta, pois, segundo o psicólogo John Cacioppo, da Universidade de Chicago, solidão causa mais mortes do que a obesidade. Ele percebeu que ficar um pouco só estimula a criatividade, mas em excesso pode elevar a pressão arterial, perto da zona de ataques cardíacos e derrames, além de enfraquecer o sistema imunológico, e piorar a qualidade do sono.
Julia Lombarde, estudante de Letras, 20 anos, está entre essas pessoas que, por se sentir sozinha, entrou em depressão e passou a ter insônia. Lombarde conta que tinha dificuldade de se relacionar com os outros, por pura timidez, assim passou a se sentir isolada do mundo.
Com o avanço da tecnologia e um crescimento de 81% no tráfego de dados por smartphones e tablets, sentir-se sozinho e afastado de tudo está se tornando algo cada vez mais raro. Caso exemplar foi o da entrevistada, que mostrou que o uso consciente das redes sociais nos dispositivos móveis foi uma ferramenta imprescindível para seu tratamento.
Esses “gadgets” ligados à internet possibilitam às pessoas falarem o que quiserem do modo que quiserem, sem se preocupar com a reação imediata dos outros, além de facilitar o encontro de pessoas que possuam gostos em comum.
Editado por Fernanda Farrenkopf