
O overtraining, ou síndrome do excesso de treinamento, é um problema que surge quando há um desequilíbrio entre a prática de atividades físicas e o descanso. Isso acaba prejudicando a saúde pois o corpo vai além do seu limite, o que pode resultar em lesões, exaustão e fadiga muscular.
De acordo com o professor de Educação Física Vitor Rocha, quando uma pessoa está viciada em musculação, por exemplo, e percebe a falta de resultados, sua reação natural é intensificar ainda mais os exercícios. Porém, treinando mais, o período para descanso é menor, o que aumenta ainda mais o problema. Uma das consequências é o desgaste do organismo, causado pelo fato de as proteínas serem consumidas mais rapidamente do que o atleta ingere.
“O excesso de exercícios físicos também causa tremores, movimentos involuntários, cansaço extremo, dores musculares, irritação, desmotivação, insônia e perda de apetite. Além disso, os hormônios do estresse, a pulsação e a pressão arterial se elevam, e o desempenho sexual cai”, disse o professor.
Segundo o personal trainer William Felipe Cabral, as principais razões para uma pessoa se exercitar excessivamente são a busca pelo corpo perfeito ou por melhores resultados em algum esporte. Desta maneira, contudo, os objetivos pretendidos não são alcançados com rapidez, já que o sistema imunitário sofre lesões que impedem o corpo de atingir seu potencial, o que prejudica o desempenho do indivíduo.

A idade é um dos fatores dos quais o limite da atividade realizada depende. “Pessoas mais velhas tendem a ter maior probabilidade de problemas ósseos. Outros fatores são o peso, o gênero e a alimentação diária”, revelou o personal.
Um relatório publicado pela Revista Veja aponta que atividades de resistência cardíaca, como maratonas e ciclismo, quando praticadas em excesso, podem causar mudanças estruturais no coração e elevar o risco de problemas como a arritmia cardíaca.
Editado por Larissa Pagliarini e Marina Di Nardo