Por Larissa Pagliarini
As alunas de arquitetura da PUC Campinas Victória Barriatto, 22 anos, e Gabriela Folador, 19 anos, tiveram a oportunidade de auxiliar seus chefes, Otto Felix e Fernando Consoni, respectivamente, na montagem de seus ambientes para o Campinas Decor, que acontece de 26 de abril a 09 de junho no bairro Taquaral.
O evento é sediado anualmente na cidade de Campinas e tem um longo período de organização, começando pela escolha de um imóvel que necessite de reformas e que apresente características desafiadoras aos profissionais. Aos arquitetos e designers de interiores, também selecionados pela organização, cabe a tarefa de fazer um projeto condizente com a temática de seu ambiente e acompanhar a obra, montagem e decoração.
A aluna Victória está cursando o quinto e último ano de arquitetura e pela primeira vez participou da exposição. O ambiente Bar Nosotros (número 41) foi resultado de um trabalho em equipe, bastante participativo. “Colaborei no processo geral, do início ao fim da criação. Otto nos dá liberdade para expormos nossas ideias à qualquer hora”, conta Victória. A aluna acredita que a disciplina de estágio da PUC-Campinas é um incentivo a uma experiência fundamental para uma formação acadêmica densa e de qualidade. “Posso dizer que cresci muito no estágio, não só como profissional, mas como pessoa”, diz ela.
Já Gabriela Folador, que está terceiro ano do curso, colaborou com o ambiente Sala de Jantar (número 7). Como entrou há pouco tempo no escritório, não pôde acompanhar o desenvolvimento do projeto, mas participou da montagem do ambiente, o que considera uma experiência profissional bastante válida. “Foi uma forma divertida de trabalhar. Sempre quis trabalhar no Campinas Decor. Apesar de o projeto já ter sido executado, a experiência de acompanhar e ver como realmente é – a correria, né? – acrescentou bastante para mim”, conta ela. Gabriela considera que a universidade prepara mais o aluno para projetar do que para decorar um ambiente e, como participou mais da decoração, sentiu falta de uma disciplina sobre interiores.
Fernando Consoni considera o Campinas Decor um laboratório, pois tudo deve acontecer muito rápido. “A logística é muito diferente de um cliente comum e muitas decisões e soluções têm que ser decididas durante a montagem”, diz ele. Ainda diz que, para o aluno, é um “tratamento de choque”, pois tudo tem que ser feito ao mesmo tempo. “Vivenciar esse processo só tem a acrescentar na experiência profissional”, opina.
O arquiteto Otto Felix também considera a rapidez da obra um fator de aprendizado, mas ainda destaca o acompanhamento do processo, de início a fim, como a principal experiência: “Isso possibilita ver toda a produção e execução do projeto, o que ajuda muito e faz toda a diferença para o aluno que nunca acompanhou a execução de um projeto”, diz ele.
No que diz respeito à experiência que ambos os arquitetos têm com estagiários ao longo de suas carreiras, Fernando alega nunca ter tido problemas com alunos da PUC. Considera, inclusive, a faculdade uma referência em sua área. Otto destaca a criatividade dos estagiários, mas coloca a pouca experiência prática e técnica como uma desvantagem.
Confira alguns dos ambientes do Campinas Decor 2013:
Digitais PUC-Campinas 