Por Audrey Feitosa
A hipertensão, conhecida como ‘pressão alta’, deixou de ser uma preocupação apenas dos adultos. Hoje em dia, é comum encontrar jovens e crianças com a doença. Atualmente, ela atinge, em média, 30% da população brasileira, chegando a mais de 50% na terceira idade e presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil. Além disso, é responsável por 40% dos infartos, 80% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) e 25% dos casos de insuficiência renal terminal, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão.
Por ser assintomática (não apresenta sintomas), o paciente só descobre que é hipertenso através de exames ou se a doença estiver avançada, quando há fortes dores de cabeça, sangramento no nariz, tontura, entre outros. “Uma das principais causas da hipertensão em jovens é o estilo de vida contemporâneo: maior acesso à tecnologia, sedentarismo, maior consumo de fast-food e excesso de álcool, tudo isso contribui para o surgimento da doença”, afirma a cardiologista Fátima Lopes Pinto.
“Se a hipertensão é pouco alertada, próxima do nível normal, apenas mudanças no estilo de vida e no hábito alimentar podem ser suficientes para normalizá-la. Casos mais graves, quando os níveis de pressão arterial estão acima de 180/110 mmHg, exigem o uso de medicamentos”, afirma a cardiologista.
A hipertensão arterial essencial não tem cura, mas para o tratamento, e até mesmo prevenção da doença, Dra. Fátima recomenda alimentos com pouca gordura saturada, gordura total e colesterol, carne magra e carne branca (ave e peixe). Indica também a preferência por os alimentos assados, cozidos, grelhados ou refogados e alimentos integrais, além de controlar a quantidade de sal. Evitar comidas prontas e congeladas, diminuir doces e bebidas com açúcar e praticar exercícios regularmente também ajuda na prevenção da hipertensão.
Editado por Marina Di Nardo e Larissa Pagliarini
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