Por Natália Alberti
Durante o processo de envelhecimento, o ser humano passa por diversas mudanças fisiológicas, como alterações na visão e na

coordenação, diminuição da força e massa muscular, osteoporose, diminuição de reflexos e aumento da quantidade de gordura no corpo. De acordo com a geriatra do Asilo Lar São Vicente de Paula em Itapira, Elaine Cristina dos Santos, a saúde frágil na terceira idade é caracterizada pela perda da capacidade de realizar atividades sem comprometer o equilíbrio do organismo. Os exercícios físicos, além de prevenir, restaurar e reabilitar condições físicas e psíquicas, também aumentam a resistência e a força muscular, características bastante afetadas nessa faixa etária. “Os exercícios também contribuem para o aumento do bom colesterol, redução da pressão arterial e da gordura corporal, melhora da qualidade e expectativa de vida e redução da probabilidade de osteoporose. Eles estão diretamente ligados à longevidade na terceira idade”, disse a médica.
Uma das atividades físicas mais recomendadas para os idosos é a musculação, por ser responsável pelo controle da glicemia, ajudando os diabéticos a reduzirem a taxa de açúcar e os problemas causados pela doença, e também por aumentar a densidade óssea e a massa muscular, o que torna corpo mais resistente, até na prevenção de doenças infecciosas.
Um estudo publicado pela Revista Brasileira de Ortopedia aponta que a perda da massa muscular pode facilitar as quedas, que têm como consequências as lesões musculoesqueléticas, o trauma de uma nova queda, a diminuição das atividades de rotina, o isolamento social, a diminuição da qualidade de vida, e até mesmo o óbito.
João Ramos, de 79 anos, além de jogar futebol aos sábados, também faz musculação duas vezes por semana, como forma de controlar a depressão. “Meu médico me recomendou fazer musculação, pois ela funciona como antidepressivo, e me dá uma sensação de bem-estar, algo essencial na vida de uma pessoa de mais idade”.
Editado por Larissa Pagliarini e Marina Di Nardo