Por Diogo Betin
O Novo Acordo Ortográfico tem como intuito facilitar o intercâmbio cultural e político entre as oito comunidades de língua portuguesa no mundo. No Brasil, o acordo foi assinado em 2008 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e começaria a vigorar em janeiro de 2013. A atual presidente, Dilma Rousseff, prorrogou para 2016 a implantação definitiva do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. As mudanças no vocabulário português, segundo o Ministério da Educação, são estimadas em 0,5%. Mesmo com esse pequeno percentual, alunos e estudantes ainda se confundem quando devem usá-los.
A professora de Leitura e Produção de Textos, do curso de Letras da PUC-Campinas, Eliane de Andrade, menciona que a nova regra ortográfica é difícil tanto para os professores quanto para os estudantes. “O aluno está passando por um segundo sistema de ortografia, agora você imagina os professores, alguns deles já passaram por um terceiro, porque a outra reforma ortográfica foi nos anos 70. Então tem que haver primeiro, a adaptação do professor”, diz ela.
No ano de 1990, o novo Acordo Ortográfico foi criado a partir de um documento assinado pelos integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). São oito os países que assinaram o Acordo Ortográfico que unifica a língua portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
A professora de Língua Portuguesa, do curso de Letras da PUC-Campinas, Cristina Betioli, constata que o aluno apresenta mais facilidade para se adequar na nova reforma ortográfica. “Nós, professores, já nos formamos a partir de textos e produzimos textos a partir das regras ortográficas anteriores, então, para gente, a adaptação é um pouco mais de resistência na questão de assimilação. Eu acredito, que de fato, para os alunos que são mais jovens, até por uma questão editorial, ou seja, por eles terem contato com o material escrito já na nova ortografia, de fato, eles tenham mais familiaridade do uso do que o professor”, conta.
As estudantes Mariane Coca e Heloísa Freitas, ambas estudantes do curso de Letras da PUC-Campinas, argumentam que os professores encontram mais dificuldades que os alunos em relação à nova regra ortográfica. “O mais complicado para eles é, às vezes, não concordarem com as mudanças feitas. Outro ponto é um pouco em relação à cabeça ser mais fechada, não aceitando as tais mudanças. Para nós acaba sendo mas fácil por ser algo recente”, finalizam.
A professora Eliane, diz qual é sua opinião em relação aos programas que corrigem automaticamente a palavra escrita de forma errada.
Edição: Juliana Diani e Stéphanie Segal