Por Aline Santos

Transportes públicos envolvidos em polêmicas não é novidade, principalmente quando o assunto em pauta são os problemas que eles causam na vida de seus usuários. Em Campinas, a situação é semelhante. A estudante de Relações Públicas, Ana Clara Barbosa, usa diariamente ônibus para se locomover e não está satisfeita com o serviço oferecido. “Acho o serviço de transporte público muito precário pelo preço que nós pagamos. Além da instabilidade do sistema que quando entram em greves e reivindicações, acabam prejudicando muitas pessoas”. Ela também conta que várias vezes passou por situações constrangedoras. “Algumas vezes quando o ônibus atrasou ou quebrou no caminho, presenciei muitas discussões desagradáveis entre motorista e passageiros, ou até entre os próprios passageiros.”
Ana Clara cita um fato cotidiano, “o que já vi acontecendo é a “corrupção” entre motoristas e cobradores.Vários cobradores fazem você ficar na frente do ônibus para não girar a roleta e ficar com o dinheiro da passagem”. A Emdec afirma estar atualizada dos acontecimentos e que para combater tais crimes, é preciso que a população denuncie. Para isso há o canal da Prefeitura de Campinas com o atendimento online para queixas ou o próprio telefone da Emdec, disponibilizado no site.
No topo da lista de reclamações estão o não cumprimento de horário, a falta de educação dos motoristas, principalmente com idosos e o fato dos motoristas não cumprirem o itinerário e assim não pararem nos pontos oficiais. Para tentar resolver, a empresa coloca agentes em alguns terminais de maior movimento para que melhore o atendimento à população.
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Opinião da repórter – Como usuária, também sou obrigada a concordar com a falta de respeito de alguns motoristas ao não cumprirem a hora de saída e chegada de algumas linhas. Mas, o que me chamou a atenção foi a cena que presenciei na última terça- feira. Por conta da super lotação do ônibus da linha 329, o cobrador, juntamente com o motorista, pediu para que uma senhora entrasse pela porta do meio e quando isso aconteceu, o cobrador não girou a catraca para ser registrada a entrada da passageira.
Editado por Lúcia Maroni, Priscila Carvalho, Stéphanie Segal e Felipe Lange