Por Marina Di Nardo
A história da estudante de Direito da Puc-Campinas, Camila Nicoletti, 21 anos, com a piscina começou cedo: aos três anos a mãe colocou-a na natação e desde então a garota nunca mais saiu da água. No último domingo, dia 31 de março, Camila conquistou uma medalha de ouro e duas de bronze nos Jogos Jurídicos Estaduais (JJE), em Jundiaí e envolveu sete faculdades de direito do Estado.
O esporte que começou como um hobby foi ficando sério, até que Camila começou a treinar profissionalmente pelo Rio Preto Automóvel Clube, já que morava em São José do Rio Preto. “Eu treinava de segunda a sábado e era por prazer e não por obrigação. Virou uma grande paixão”, conta ela que aos sete anos participou da sua primeira competição de peso, o Troféu Gustavo Borges, e pegou 3º lugar. Hoje, morando em Campinas, a garota treina duas vezes por semana com o apoio da Atlética de Direito.

Os Jogos Jurídicos Estaduais, além de contar com as modalidades do esporte, também organizam festas para os estudantes. Camila ficou sabendo durante uma festa, um sábado à noite, que iria competir às 8 horas. “Eu quis ir embora na hora em que fiquei sabendo. Pensei: ou eu dava meu máximo para nadar ou ficava na festa”, conta ela, que inúmeras vezes abriu mão de eventos, baladas, viagens e até mesmo comida pensando no esporte.
E assim a estudante conquistou o ouro nos 50 metros costas, bronze nos 50 metros peito e no revezamento com outras três meninas do curso. Nesse campeonato a natação é uma categoria absoluta, ou seja, independe da idade dos atletas, o que muda são apenas as modalidades (costas, peito, borboleta e crawl). “Eu não esperava. Já estava muito cansada e dormia mal, mas dei o melhor de mim na primeira prova e levei o ouro. É muito importante cada conquista, pois como já nadei profissionalmente e acabo me cobrando mais”, afirmou.
A repercussão do ouro foi grande dentro da faculdade de Direito e Camila se mostrou feliz por isso. “O esporte individual nunca foi muito levado a sério, então é muito gratificante ver o reconhecimento”.
Editado por Priscila Carvalho e Felipe Lange