Manifestantes de Campinas e região participaram, no último sábado, dia 16, do protesto contra o pastor e deputado federal Marco Feliciano, eleito presidente da comissão de Direitos Humanos da Câmara. O ato foi na Praça da Catedral, no centro da cidade.

Cerca de mil pessoas confirmaram presença na manifestação chamada de Ato de Repúdio à nomeação de Marco Feliciano pra comissão de Direitos Humanos, por meio de uma página no Facebook, criada por Ike Banto de 34 anos. De acordo com ele, “a ideia do movimento surgiu em conversas entre grupos e, assim, foi levada à internet, ganhando destaque e força”.
Entretanto, o número de pessoas presentes foi menor do que o esperado: havia em torno de 50 manifestantes no local.
Ainda assim, às 10h, o microfone estava aberto para quem quisesse falar. Diversas pessoas se pronunciaram no decorrer do encontro. O aposentado Roberto Ribeiro, 65 anos, presente na manifestação, considera o ato relevante e significante, encorajando as pessoas a participarem. “O brasileiro precisa sair de cima do muro. É perigoso o povo se acomodar. Nós é que temos que ter voz.”, disse Ribeiro.
Outro manifestante a usar o microfone foi Filipe Monteiro, 26 anos, advogado e militante do movimento nacional de juventude, o Juntos. “A escolha de Feliciano à presidência de uma comissão tão importante é uma violência social e política”, afirma Monteiro. Ele enfatiza que os interesses defendidos não são os da população, mas sim os dos próprios políticos, argumentando que “a luta não é religiosa, mas, sim, política.” Assim como todos os manifestantes, Monteiro ressalta que “o deputado defende a minoria e, por isso, um ato como esse fortalece a luta.”
A insatisfação da população com a nomeação de Feliciano à Comissão dos Direitos Humanos se dá devido as mensagens homofóbicas e racistas pronunciadas por ele em 2011.
Edição: Eliane Honorato