Ecommerce deve movimentar 70% das vendas de Natal

Por Mariana Felix

Segundo pesquisa realizada pela empresa de consultoria Deloitte, 70% dos consumidores irão fazer as compras de Natal usando a internet. Esse número é bem maior do que a estimativa do ano passado, quando somente 21% dos entrevistados usariam os ecommerces. Foram entrevistadas 750 pessoas das classes A, B e C, com renda entre R$650,00 e R$8.000,00, durante o mês de novembro. Esse crescimento nas vendas online projeta o Brasil ao mesmo perfil dos países desenvolvidos.

Para o professor de economia da PUC-Campinas, Roberto Brito, esse avanço no uso da internet como ferramenta de compra abre portas para outros tipos de emprego. “No ecommerce não tem vendedor, mas sim outros profissionais que vão da área de tecnologia da informática, logística e comunicação, até o funcionário da empresa de transporte”, ressaltou Brito. Ele também destacou que o aumento nas compras online se dá devido ao fato de hoje em dia as pessoas terem mais confiança nas transações online de todo tipo, das bancárias até as compras.

Segundo Cris Rocon, publicitária, blogueira e criadora e sócia da loja virtual Rock di Saia, os homens ainda têm um pé atrás na hora de comprar. “Muitos homens estão comprando para as esposas e namoradas. Eles são mais inseguros, perguntam mais, mandam email”, afirma Cris. Mas, segundo ela, cada vez mais o volume de compras tem aumentado, mostrando que os clientes estão ficando cada vez mais confiantes e íntimos com as compras online.

Outro fator que impulsionou as vendas online foi o crescimento no uso de smartphones no Brasil. Segundo Meurlin Stuy, criadora da loja virtual no Facebook Make Webstore, as clientes estão cada vez mais conectadas às redes sociais, “as vendas aumentaram bastante esse ano, principalmente pelo crescimento de usuários nas redes sociais, as pessoas estão bem mais conectadas às redes pelo uso de celulares”, afirma.

A maioria dos presentes de Natal que Fernanda Leonardi, auxiliar administrativa, comprará serão via internet. Segundo ela a falta de tempo é a principal razão de aderir ao ecommerce. “Com a correria do dia a dia a gente fica sem tempo de ir ao shopping ou para o centro da cidade. A internet nos dá a possibilidade de fazer pesquisa de preços mais rápido, além das compras pelo cartão de crédito serem mais facilitadas”, complementa. Para ela outro chamariz para ela são os maiores descontos que as lojas virtuais dão ao internauta. “A gente encontra muito desconto pela internet que não achamos nas lojas físicas, os preços são bem diferenciados e muito convidativos, às vezes não tem como não comprar”, ressalta.

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A pesquisa revelou, também, que a maioria das compras será de vestuário (80%), seguido por calçados (49%) e produtos eletrônicos e de informática (26%). Os sites de compra mais utilizados serão portais de internet de lojas físicas (66%), site de fabricantes (58%), compras coletivas (39%) e leilões virtuais (7%). A análise também perguntou aos internautas se eles fariam pesquisas de preços, 72% responderam que sim (em 2011 esse número era de 59%).

Segurança

Para o economista e mestre em ciência da informação, José Jorge Meschiatti Nogueira, o principal fator para que as compras online aumentaram foi o maior número de domicílios brasileiros com acesso à internet, que atingiu mais de 83 milhões de casas. Outro fator é o crédito mais facilitado junto aos bancos, “além da maior confiabilidade nas compras virtuais com a evolução dos conceitos de pagamentos seguros e rede logística de entregas mais confiável”, acrescenta Meschiatti.

Ele deu algumas dicas para o consumidor antes de realizar a compra online:

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Editado por Andressa Cruz

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