Por Juliana Duarte
Entre 2000 e 2010, o estado de São Paulo aumentou sua população em 4,2 milhões de pessoas atingindo 41,2 milhões de habitantes. Esse número representa um quinto da população total do país e mais que o dobro dos residentes em Minas Gerais, que ocupa a segunda posição no Brasil.
Apesar dos altos números, o ritmo de crescimento populacional no estado foi o menor dos últimos cinquenta anos, com apenas 1,09%, e inferior ao crescimento total da população brasileira, com 1,18%.
Isso é resultado da interação entre a queda da fecundidade, cuja taxa atingiu o patamar de 1,7 filhos por mulher, e a participação reduzida da migração, que os números foram de 1,2 migrantes ao ano, por mil habitantes.
A evolução do crescimento médio da população paulista, apresentada na tabela abaixo, revela que a primeira década do século XXI registrou os menores volumes médios anuais de saldo vegetativo (diferença entre nascimentos e óbitos) e saldo migratório (diferença entre entrada e saída de migrantes), 377.666 e 47.265 pessoas, respectivamente.
A menor intensidade de crescimento demográfico associada à longevidade crescente, que alcança 75,1 anos, vem acompanhada de mudanças importantes que ocorreram no perfil da população do estado de São Paulo. Hoje a população é marcadamente adulta, com idade média de 33,4 anos, e a distribuição etária perdeu a forma piramidal apresentada no passado. Os grupos etários mais jovens diminuíram, com contínuo processo de envelhecimento. Como resultado, aumenta progressivamente o segmento populacional idoso, o que exige do governo programas específicos para atender as necessidades dessa parte da população.
Editado por Andressa Cruz