Por Caroline Dias
Uma pesquisa feita pelo Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado, do IBOPE Inteligência, apontou que até o fim de 2012, os brasileiros devem movimentar R$1,992 bilhão nos cinemas nacionais, um aumento de 13% em relação a 2011.
A classe B, que compreende pessoas com renda média de 6.500 reais e representa 24% dos domicílios brasileiros, foi a classe que mais movimentou o setor com um total de 55% dos gastos na área, um potencial de consumo de R$ 1,08 bilhão. Em seguida aparece a classe C, com salários até 2 mil reais, representando 53% dos lares do país e 23% (R$ 449,52 milhões) do gasto com cinema. A classe A, com 2,6% dos domicílios em área urbana, responde por 21,25%, ou R$ 423,46 milhões e as classes D e E 20,58% dos domicílios, 1,57%, igual a 31,22 milhões.
Segundo Eder de Oliveira, especialista em cinema e produtor do portal cultural Cinema e Pipoca, o aumento de espectadores de classes mais baixas ocorre por causa do fácil acesso da população aos filmes. “O acúmulo de cinemas dentro dos shoppings e a facilidade de se acompanhar um filme hoje em dia, leva a possibilidade de inserção das mais diversas categorias. Ver um filme deixou de ser um programa elitizado”, explica Eder.
O Brasil está entre os 10 países do mundo em venda de ingressos para o cinema. Nos últimos cinco anos, a tecnologia 3D garantiu a ampliação do setor em uma média de 8% ao ano. Hoje ele responde por 40% das exibições. Nos próximos três anos, o número de salas de cinema no Brasil deve atingir a marca de 3.250 unidades, crescimento de 35% em relação ao número atual.
Eder conta que apesar de toda essa diversidade e amadurecimento do cinema nacional, ainda há um longo caminho a percorrer. “Os profissionais precisam sair do meio comum das comédias e encontrar novos gêneros. E é muito importante que alguns espectadores parem de cultivar a visão que de o cinema nacional é ruim. Além disso, é preciso que os governos invistam mais em cultura, em festivais e mostras de cinema. Perceber que o cinema é um agregador de conhecimento é o primeiro passo para a sua evolução”.
Editado por Andressa Cruz
Estranho, porque eu tenho ido bem menos ao cinema por causa do preços abusivos!