Por Thaís Jorge
De acordo com uma pesquisa da ONG Press Emblem Campaign (PEC), tomando como base o primeiro semestre de 2012, o Brasil já ocupa a quarta posição no ranking dos países que mais registram morte de jornalistas no exercício da profissão. Até a metade do ano, seis profissionais morreram no país enquanto realizavam seu trabalho – uma média de um jornalista por mês.
A posição ocupada pelo Brasil coloca o país como o mais violento da América Latina para o exercício do jornalismo, seguido por Honduras, Bolívia, Colômbia, Haiti e Panamá. Segundo o levantamento em questão, o território brasileiro teve o mesmo número de jornalistas mortos que em países como o Paquistão e a Somália, que vive uma guerra civil.
O índice mundial de mortes de jornalistas neste período também foi alto, contabilizando 110 profissionais que perderam suas vidas em situação de violência ou atentado à liberdade de imprensa – critérios utilizados na pesquisa realizada pela PEC.
Na relação dos países mais violentos estão a Síria, com 21 mortes de jornalistas no exercício da profissão, e o México, com oito. Os dados dependem muito da avaliação sobre as condições em que se dão essas mortes, e alguns órgãos e institutos de pesquisa divulgam números diferentes, como é o caso do Instituto Internacional de Imprensa (International Press Institute), e do Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ).
A pesquisa da Press Emblem Campaign (PEC) toma como base estatísticas relacionadas a mortes suspeitas que envolvem jornalistas, freelancers e toda a equipe técnica que auxilia na produção do conteúdo jornalístico, como cinegrafistas e fotógrafos. Em novembro de 2012, segundo a PEC, o número de profissionais mortos no exercício da profissão já subiu para 131 em todo o mundo.
Editado por Jéssica Kruck.
Digitais PUC-Campinas 