Por Natália Beraldi
O número de jovens que viajam para realizar um intercâmbio cresce a cada ano, e essa já é uma prática muito comum entre os brasileiros. Em 2011 cerca de 160.000 pessoas deixaram o país, e deste número 70.000 eram paulistanos – em busca de experiências pessoais e profissionais. Um relatório da Association of Language Travel Organizations revela que o Brasil ocupa a sétima posição entre os maiores exportadores de intercambistas do mundo, e nos próximos anos deve chegar à terceira posição.
O intercâmbio surgiu na década de 60, quando entidades sem fins lucrativos, como o Rotary Club, criaram um conceito de viagem focado na troca de experiências. Os primeiros programas foram o de high school, destinado a estudantes do Ensino Médio com idades entre 15 e 18 anos e com duração de um ou dois semestres, ou o curso de idiomas, aconselhável aos interessados a partir de 16 anos e com duração de quatro semanas ou mais. Há também os cursos de pós-graduação, para estudantes com ensino superior completo, com duração de oito meses ou mais.
É possível encontrar meios e organizações específicas que dão auxilio para o intercâmbio voluntário e corporativo, como a AIESEC, que é a maior organização mundial de estudantes e já tem mais de 60 anos de atuação e experiência, estando presente em 111 países e oferecendo oportunidade aos jovens de serem cidadãos globais, adquirindo experiência e habilidades que importam hoje, e formando indivíduos com liderança, responsabilidade social, diversidade, internacionalismo e auto-consciência – sendo essa uma oportunidade de desenvolver um forte senso de quem são e o que gostariam de fazer no futuro.
Marília Assis, estudante de Ciências Sociais pela Unicamp, tem 23 anos e passou um mês e meio em Cairo, no Egito, trabalhando como voluntária na ONG El Nahda, palestrando sobre transição democrática no Brasil. “Foi uma experiência ótima para mim, pude presenciar a continuidade da revolução de perto. Além disso, eu fiz amizades para toda a vida. Se os jovens possuem interesse em serem líderes, tanto na vida acadêmica quanto dentro de empresas, é importante que tenham experiências como as que eu tive pela AIESEC”, relatou a estudante.

A PUC-Campinas, somente neste ano, concedeu a oportunidade de intercâmbio a 79 alunos. Deste número, 35 foram através do Ciência sem Fronteiras, 13 pelo programa de licenciatura internacional e 31 em intercâmbio acadêmico. O diretor da Faculdade de Jornalismo, Lindolfo Alexandre, acredita que a tendência é que os números aumentem nos próximos anos através de movimentos de conscientização dos alunos, auxiliados por programas oferecidos pelo Governo Federal, que trazem a oportunidade de estudar um ou dois semestres no exterior agregando a experiência positivamente no currículo.
Confira as entrevistas:
Planejar, pesquisar e decidir o momento certo para fazer um intercâmbio é essencial. Os programas abrangem todas as áreas e cursos, e variam as instituições de ensino a receberem os estudantes, assim como os destinos, que trazem países como Austrália, Alemanha, Canadá, Coréia do Sul, Colômbia, Estados Unidos, Holanda e Reino Unido. Os processos seletivos para as bolsas de estudos são feitos através de bancas avaliadoras nas universidades, documentações e também pelo critério de nota.
Então, se esse é o seu objetivo, não fique de fora! Confira abaixo alguns programas de intercâmbio oferecidos pelo governo e instituições, que dão todo o suporte necessário para o aluno:
Editado por: Thaís Jorge
Ótimo trabalho Natália, texto bem claro trazendo informações relevantes ! parabéns!
Obrigada Valéria!
Informações muito interessantes! Ótimas oportunidades para quem procura um intercâmbio, mas não sabia direito onde procurar!
Ótimos dados apresentados. O intercâmbio hoje é visto como diferencial e é muito mais do que uma oportunidade de estudo, apenas.
Com certeza é uma experiência única e muito válida. Obrigada!
Eu estava me segurando para não fazer esse comentário, mas não deu pra resistir. Vendo o interesse crescente dos jovens em ir para outros países me vem à cabeça a reflexão do saudoso Paulo Francis: “o Brasil tem saída…. o aeroporto”.
De fato, sair do casulo pode ser uma ótima escolha!