Por Natália Beraldi
Segundo estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado no início do mês, o Brasil continua com uma das maiores taxas de desigualdades sociais do mundo, ocupando o 12° lugar do ranking. O estudo usou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A diminuição da desigualdade é medida pelo coeficiente de Gini – medida utilizada para calcular a diferença na distribuição de renda – que passou de 0,594 em 2001 para 0,527 em 2011. O salário dos 10% mais pobres da população brasileira cresceu 91,2% entre 2001 e 2011. Foi constatado que na última década, os 10% mais pobres viram a sua renda crescer nada menos que 550% mais depressa do que a dos 10% mais ricos.
Estima-se que, neste período, 21,8 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza, sendo que 3,7 milhões apenas entre os anos de 2009 e 2011. As políticas públicas voltadas para os mais pobres também tiveram um avanço significativo. O aumento dos salários foi o principal indicador de melhorias, respondendo por 58% da diminuição da desigualdade. Em segundo lugar vem os rendimentos previdenciários, com 19% de contribuição, seguido pelo Bolsa Família, com 13%. Os 10% restantes são benefícios de prestação continuada e outras rendas.
O estudo comprovou que enquanto a renda per capita dos brasileiros mais ricos subiu 16,6%, os mais pobres tiveram um ganho de 91,2%. Esta, é maior redução das desigualdades documentada desde a década de 60. Na maioria dos países da América Latina, as diferenças estão caindo e a diminuição das desigualdades não chega a ser um fato apenas no Brasil. O indicador de diferenças entre ricos e pobres na última década também foi elevado na China e na Índia, países que concentram metade da pobreza do Planeta.
Confira os números:
Editado por Larissa Dias
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