Por Thaís Jorge
A maior parte dos universitários latino-americanos entra no mercado de trabalho exercendo funções que não estão relacionadas às áreas nas quais estudam no Ensino Superior. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo site Universia em parceria com a Trabajando.com, que revela que 61% dos estudantes de universidades na América Latina se encaixam nesse perfil.
Na opinião de Ana Paula Rezende, 21 anos e estudante de Jornalismo, um dos fatores que afasta a possibilidade de entrada do aluno no mercado de trabalho dentro da área dos estudos são os baixos salários pagos para estagiários, que muitas vezes não conseguem nem pagar a própria mensalidade de uma faculdade. “Quando entrei na faculdade, estava sem emprego e o primeiro que apareceu não foi na área e estou nele até hoje. Acho que aqui consigo ter melhores resultados para a minha carreira do que teria na área profissional em que estudo, pois o salário que ganho hoje muitos profissonais da área ja contratados ainda não ganham”, diz.
De acordo com o levantamento, realizado em julho deste ano com mais de treze mil pessoas de 10 países da América Latina, cerca de 67% dos jovens conciliam o estudo com o trabalho e apesar de a maioria não ter sua primeira experiência empregatícia em atividades relacionadas aos estudos, 62% dos entrevistados acreditam que ainda assim o primeiro emprego foi uma experiência importante para seu crescimento profissional.
Para Gabriela Ciaramella, que estuda Psicologia na faculdade e trabalha com Tecnologia da Informação, entrar no mercado de trabalho e atuar em uma área diferente do segmento do curso universitário não é algo negativo. “Eu tenho experiência na função que exerço hoje e em poucos meses já consegui conquistar crescimento. Não definiria como negativo”, argumenta.
Editado por Bruna Trindade