
Por Juliana Duarte
Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE, o Brasil recicla apenas 2% de seu potencial e, além disso, só 40% de todo esse lixo separado dentro de casa é, posteriormente, coletado de forma correta quando chega às ruas. Esses dados são da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 – Perfil das Despesas do Brasil, e apontam que, mesmo quando as famílias fazem sua parte separando seus resíduos domésticos, esse trabalho, muitas vezes, é em vão.
Diariamente, o ser humano produz uma média de 5 quilos de lixo. Contando apenas os números do Brasil, chega a ser mais de 240.000 toneladas diárias, número que só cresce a cada ano. Esse aumento excessivo deve-se ao poder aquisitivo e perfil consumista da população.
Mais que motivos ambientais, a reciclagem envolve questões econômicas e sociais, pois gera renda e empregos. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em levantamento feito sob pedido do Ministério do Meio Ambiente, o país perde cerca de R$ 8 bilhões por ano deixando de reciclar os resíduos que poderiam ter outro fim, mas que são encaminhados aos lixões e aterros sanitários das cidades.
Quando o assunto é o benefício ambiental que a prática da reciclagem oferece, os números também são altos, uma vez que a cada 50 quilos de papel usado e transformado em papel novo, evita que uma árvore seja cortada, ou a cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado, evita que sejam extraídos do solo cerca de 5.000 quilos de minério.
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Editado por Michelle Lopes