Acesso a materiais de estudo é principal dificuldade dos deficientes em ambiente acadêmico

Por Patrícia Gonçalves

Estar inserido no ambiente acadêmico é uma novidade para qualquer um e a inclusão da pessoa com deficiência, seja ela visual, motora, mental ou auditiva neste meio, também. O aumento de manifestações de entidades e deficientes fez com que os ambientes acadêmicos buscassem soluções para adaptação de seus alunos.

Para a professora doutora em Educação pela Unicamp, Maria Teresa Eglér Mantoan, a principal dificuldade da pessoa com deficiência ainda é acessibilidade ao meio físico e ao conhecimento. “A presença de alunos com alguma deficiência é uma coisa muito nova na universidade. Com a  entrada destas novas pessoas, os centros  educacionais devem oferecer tudo o que for possível para que não haja barreiras na continuação da formação”.

Desde 2002, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), respondendo à necessidade de adaptação, inclusa na legislação brasileira vigente no atendimento aos alunos com deficiência, criou a sala de acesso à informação e um laboratório de apoio didático. Ambos estão em um espaço da Biblioteca Central (BC), chamado de Laboratório de Acessibilidade (LAB). A criação destas estações de atendimento resultou no projeto Todos Nós. As atividades desenvolvidas têm como objetivo estimular a autonomia e a independência acadêmica dos usuários, a produção de material adaptado, além do desenvolvimento e utilização de softwares destinados a portadores de deficiências física e sensorial.

O professor doutor do Instituto de Artes da Unicamp e deficiente visual, Vilson Zattera realiza pós-doutorado no local afirma que atualmente o acesso aos materiais de estudo é a principal barreira para o deficiente. “Livros específicos em áreas como a da engenharia podem ter até cinco variações em braile. Não é só digitalizar o livro em braile e pronto, você esta com o livro na mão”.
A Unicamp é responsável por 60% da produção de pesquisas em atividade motora adaptada quando o assunto é deficiência. É seguida pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que possui 13% da produção nacional e pela Universidade de São Paulo (USP), com 7%.

Editado por Mirela Von Zuben

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